Cidades

Sind-UTE espera boas relações com Governo Cecília Ferramenta

Cida Lima, coordenadora do Sind-UTE, espera trânsito maior na Prefeitura, mas sem deixar de lado as lutas da entidade

IPATINGA – Lembrado pelos grandes embates com o Governo do ex-prefeito Robson Gomes (PPS), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) espera, a partir deste ano, ter um bom relacionamento com a nova gestão da Prefeitura Municipal, comandada por Cecília Ferramenta (PT).

Na última quarta-feira (2), a prefeita anunciou os nomes do primeiro escalão de seu Governo e entre eles estavam três ex-diretores do Sindicato: Márcia Leal, na Secretaria de Educação, Leida Tavares, como secretária Executiva, e Vasco Lagares, secretário de Assistência Social.
Os três já não fazem mais parte dos quadros do Sindicato e ainda não travaram conversas com a entidade, mas a avaliação do Sind-UTE é que a situação facilitará as negociações com a Prefeitura.

Segundo Cida Lima, coordenadora da instituição em Ipatinga, era um desejo antigo do Sindicato ter alguém com conhecimento de causa no Governo. “A gente sempre quis que a educação tivesse uma pessoa com vivência na área, gente que conhece a nossa realidade, e não pessoas que fazem políticas de gabinete”, disse ela à reportagem.

Ela ainda contou que as esperanças são melhores do que à época do antigo Governo, quando o sindicato realizou diversos movimentos de protesto contra o tratamento dado à educação municipal, entre eles uma greve na rede municipal em 2011, que durou mais de dois meses e que envolveu um acampamento na porta da Prefeitura e uma ocupação do gabinete do prefeito.

A coordenadora afirmou que o sindicato irá continuar atuante no que diz respeito às lutas dos trabalhadores em educação no município. “Acreditamos que eles (os secretários) serão fiéis às nossas reivindicações, mas nós iremos continuar na luta pela educação de qualidade, indiferente de quem esteja no poder”, adiantou Cida Lima.


Categoria dá início à campanha salarial
Ipatinga
– Teve início na última quarta-feira (2) a campanha salarial 2013 do Sind-UTE, regional Ipatinga. O documento foi protocolado na Prefeitura Municipal e os representantes do Sindicato já aguardam pelo início das negociações com o Governo.

Segundo a coordenadora do Sind-UTE, Cida Lima, são quatro pontos principais contidos na pauta de reivindicações: valorização profissional, políticas educacionais, transparência e programa preventivo de saúde e atenção ao trabalhador.

Entre os pontos a serem discutidos está o estabelecimento de um piso salarial profissional em Ipatinga. Duas leis regem o assunto: a federal, conhecida como Lei do Piso, em vigor desde 2008, e a lei municipal nº 2.786, aprovada em 2010 e que também rege o assunto.

Em Ipatinga, os professores recebem, por uma jornada de 20 horas semanais, R$ 1.363,00. Segundo o Ministério da Educação, o piso salarial para professores de escolas públicas com ensino médio (antigo magistério) do país deve ser de R$ 1.451,00 para uma jornada de 40 horas.
No entanto, existem discussões sobre qual o valor deve ser realmente pago em Ipatinga, já que na cidade todos os professores possuem ensino superior. Cida Lima garantiu que esse debate será feito com a Prefeitura durante as negociações, e apesar de não haver definição sobre quanto os professores devem ganhar em Ipatinga, a categoria defende R$ 1.968,00 como o salário ideal.

O plano de carreira da categoria também deverá render grandes discussões nesta campanha salarial. “Somos a única categoria na Prefeitura de Ipatinga que não tem um plano de carreira”, explicou Cida.
O sindicato pretende implementar um plano em que a formação profissional seja premiada com crescimento, inclusive nos salários. O plano de carreira também prevê o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação, que incluem a universalização do atendimento escolar, o oferecimento de educação do tempo integral, atingir metas maiores no Índice da Educação Básica e elevar a escolaridade da população.

As reivindicações contemplam ainda o estabelecimento de um calendário de reuniões com o Governo, a participação popular nos assuntos da educação, a realização de conferências de educação na cidade e a transparência na divulgação dos gastos do Governo Municipal com a educação. Ainda não há data para início das conversas entre Sindicato e Prefeitura.

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