Governador Valadares: Até hoje, o rejeito de mineração continua sendo despejado na bacia do Rio Doce
(CRÉDITOS: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios/Divulgação)
BH – Sete meses após a tragédia de Mariana (MG), a Samarco ainda não começou obras consideradas emergenciais para evitar vazamentos e prevenir novos desastres, segundo o comitê interfederativo formado após acordo entre a mineradora, a União e Estados.
Até agora, os rejeitos que ficaram acumulados na usina hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), a 100 km de onde o rompimento aconteceu, não foram retirados e têm se acumulado.
DEZ DIAS
Em resolução tomada nesta terça (7) em Brasília, o comitê deu um prazo de dez dias para que a Samarco e o consórcio que administra a usina apresentem um cronograma para que a ação seja feita. Em caso de descumprimento, as empresas poderão sofrer punições de entidades fiscalizadoras. "O cronograma de dragagem inicial emergencial junto ao corpo do barramento previa seu início efetivo em 28/03/2016, contudo, até este momento, não foi iniciado o descarregamento das estruturas do barramento", diz a resolução.
"Conclui-se que as partes, Samarco e Consórcio Candonga, devem realizar urgente alinhamento documentando estratégia de ação comum, planejamento, requisitos das partes e expertise necessária para que os trabalhos possam ser efetivamente realizados."
Procurados, Samarco (cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton) e Consórcio Candonga ainda não se manifestaram. (Folha de São Paulo)