FABRICIANO – A Prefeita Rosângela Mendes (PT) fez na tarde desta segunda-feira (13) um balanço dos atendimentos psiquiátricos feitos na cidade nos últimos anos e apresentou uma programação especial para lembrar o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, comemorado em 18 de maio.
De acordo com a chefe do Executivo fabricianense, somente em abril foram realizados 1334 atendimentos no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da cidade. As consultas são realizadas por uma equipe multidisciplinar, com o objetivo principal de reinserir o usuário na família e na comunidade, com ações desenvolvidas de forma humanizada, onde uma equipe especializada em saúde mental presta suporte técnico até mesmo às unidades básicas. Em Fabriciano, é formado por terapeutas, psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais e vem fazendo, em média, cerca de 1000 atendimentos por mês.
CAPS
O número é praticamente o dobro do que era feito até o ano passado e a expectativa da prefeita é de que até o fim do ano tenham sido feitos 15 mil atendimentos. Para Rosângela é importante destacar que no Caps é feito o que ela chamou de “atendimento porta aberta”, em que o Centro recebe os atendidos e proporciona a eles uma série de atividades e também alimentação. “Hoje, Coronel Fabriciano é uma das referências no atendimento psicossocial no Estado”, afirmou a prefeita.
O Caps funciona há quase 10 anos na cidade e é uma modernização do antigo Casan. Mais de seis mil pessoas já passaram pelo local desde a sua fundação. Hoje, são acompanhados pelo Centro 822 pacientes. Em Coronel Fabriciano, funciona à rua Vale dos Tocantins, 51, bairro Morada do Vale. O telefone de contato é o 3846-7717.
EVENTOS
Para lembrar pelo Dia Nacional de Luta Antimanicomial, a Prefeitura da cidade vem organizando desde a semana passada eventos que têm como objetivo lembrar a data. A programação conta com blitz, seminário, atividades nas Unidades de Saúde com a participação de pacientes, reuniões e atividades voltadas para os atendidos como exibição de filmes e passeios. A programação especial vai até o mês de junho.
A data está presente no calendário nacional e é realizada há 25 anos, desde o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, ocorrido na cidade de Bauru, em São Paulo. O fato marcou a reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental existente e criou uma rede de atenção psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos.
Para a prefeita Rosângela Mendes, o Dia Nacional de Luta Antimanicomial representa a defesa de um modelo de atenção à saúde mental que respeita os ideais da reforma psiquiátrica e que seja diferente dos modelos de internação antigos.
Caminhada lembra a Luta Antimanicomial
Ipatinga – Chamar a atenção para o direito à liberdade do portador de sofrimento mental. Combater o preconceito e a exclusão. Orientar sobre as manifestações da doença e os tratamentos oferecidos gratuitamente na rede municipal de Saúde. E, principalmente, mostrar a todos que a inclusão dessas pessoas na sociedade não é só necessária, mas possível.
Estas são algumas bandeiras levantadas por profissionais, familiares e pacientes do Programa de Saúde Mental de Ipatinga, da Secretaria Municipal de Saúde, que ganharão as ruas da cidade nesta quarta-feira (15). A caminhada, promovida todos os anos, celebra o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, comemorado no dia 18 de maio. A concentração será na Praça 1º de Maio, a partir das 14h, e conta com apoio da Associação Loucos por Você.
Qual é a sua?
Com a temática “Loucura: qual é a sua?”, a caminhada tem o objetivo de envolver a comunidade nas discussões sobre as diversas formas de sofrimento mental e levar informações sobre os serviços e tratamentos substitutivos aos hospitais psiquiátricos – que vêem sendo fechados progressivamente desde 2002, em atendimento à Lei Federal 10.216. Hoje, esses serviços são ofertados por uma equipe multiprofissional na rede municipal de Saúde.
A coordenadora do Programa de Saúde Mental de Ipatinga, Cristina Abrantes, explica que o tratamento substitutivo, entre diversas vantagens, oportuniza ao usuário o acompanhamento multiprofissional sem ficar longe do convívio familiar, portanto, mais humano e com resultados mais eficazes. “O apoio à luta antimanicomial passa necessariamente pela informação, daí a importância das pessoas participarem das atividades, entre elas a caminhada, e conhecerem o trabalho promovido no município”, convida a coordenadora. A participação na caminhada é livre.
Em Ipatinga
Em Ipatinga, os pacientes que sofrem de transtorno mental contam com uma rede de atendimento multiprofissional gratuito, sem a necessidade de encaminhamento e filas de espera. Basta a pessoa com sofrimento mental ou algum familiar procurar a Clínica Psicossocial (Clips), no bairro Cidade Nobre, ou a Unidade Saúde mais próxima de sua casa. O programa oferece ainda receberá medicação, consultas, acompanhamento familiar e oficinas terapêuticas.
Serviços:
Clínica Psicossocial (Clips)
Rua Alfredo Feitosa, s/nº – Cidade Nobre (atrás da Policlínica Municipal)
Atendimento: segunda a sexta-feira, de 8h às 18h
