Construção da Igreja Matriz São Domingos de Gusmão
IPATINGA – O suplemento especial da edição número 32 da revista Caminhos Gerais aborda a rica e curiosa história de São Domingos do Prata. A cidade com cerca de 18 mil habitantes do Médio Rio Piracicaba, que começa a se destacar por indústrias derivadas do milho e café, tem sua origem ligada a uma antiga capela erguida em homenagem a São Domingos de Gusmão, em meados do século XVIII. Sua construção remonta a uma incrível e perigosa aventura vivida pelo português Domingos Marques Afonso, que junto com seu irmão José Marques Vilas, adquiriu sesmarias em 1758 na região do atual distrito de Alfié.
Conta-se que Domingos Marques Afonso embrenhou-se certa vez na mata para caçar jacus e ficou completamente perdido. Profundamente religioso, jurou que se encontrasse o caminho de casa doaria terreno para construção de uma capela dedicada a São Domingos de Gusmão, santo de sua devoção. Depois de vários dias alimentando-se apenas de frutas, raízes e mel, deparou-se com uma tosca cruz de madeira sobre sepultura recente, avistando em seguida o Morro da Sela, bastante seu conhecido.
Em 1760, cumprindo a promessa, Domingos Marques Afonso e Antônio Alves Passos deram início à construção da capela, que foi demolida em 1840 para construção de uma nova, que existiu até 1960, quando começou a ser construída a maior catedral do mundo em homenagem ao santo espanhol. A velha cruz de madeira encontrada por Domingos Marques Afonso está ligada a uma trágica história de amor. Nela estava enterrado um soldado morto por outro soldado de nome Dionísio, que havia fugido da antiga Villa Rica com uma linda moça chamada Ricardina, filha de um abastado comerciante.
REI DOS CASSINOS
Além de sua apaixonante história e interessantes personagens nascidas na cidade, como o múltiplo empresário Joaquim Rolla, criador do famoso cassino da Urca, no Rio de Janeiro, e do fabuloso hotel-cassino Quitandinha, em Petrópolis (RJ), São Domingos do Prata destaca-se também por ser uma cidade festeira, destacando-se a Festa de São Domingos, as cavalgadas, o encontro nacional de motociclistas e o já tradicional carnaval. As belezas naturais do município, algumas propícias à prática de esportes radicais, são outras atrações à parte.
A edição 32 da Caminhos Gerais aborda ainda o misterioso sumiço nos anos 1970 do cruzeiro da igreja Nossa Senhora da Conceição, em João Monlevade, agora solucionado; além de abrangente matéria sobre uma série de medidas e ações sustentáveis relacionadas ao meio ambiente; e de um perfil sobre o Circuito Turístico Caminhos Gerais, que reúne 11 cidades mineiras e uma paulista; além de vários outros assuntos.
O entrevistado da presente edição é o empresário da comunicação Wilton Rodrigues de Oliveira, responsável pela modernização da imprensa escrita regional e que não mediu palavras para falar sobre a mídia, a comunicação digital e a ética jornalística, que segundo ele, ‘supõe liberdade, caráter, independência e manifestação livre do pensamento’.
