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Relatório aponta envolvimento de Havelange e Teixeira em corrupção

BRASÍLIA – O brasileiro João Havelange renunciou secretamente ao cargo de presidente honorário da Federação Internacional de Futebol (Fifa) para evitar punições após ser acusado de receber subornos. A iniciativa ocorre no momento da divulgação de um relatório do comitê de ética do órgão, publicado ontem (30).
O relatório revelou que Havelange, que tem 96 anos, renunciou ao cargo no dia 18 de abril e que mais nenhuma ação será tomada em relação a ele.
No documento, Havelange, seu ex-genro e ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, e Nicolás Leóz, que renunciou na semana passada ao cargo de presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), são apontados como receptores de propinas em um escândalo envolvendo a falida agência de marketing esportivo ISL.
Segundo o juiz da Corte de Ética da Fifa Joachim Eckert, que comandou as investigações, as acusações contra os três são anteriores à entrada em vigor do novo código de ética da entidade, adotado no ano passado após Ricardo Teixeira renunciar à residência da CBF, ao comando do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014 e ao comitê executivo da Fifa.
Havelange se tornou presidente honorário da Fifa após deixar o comando da organização, que presidiu entre 1974 e 1998. Ele já havia renunciado em 2011 ao seu cargo no Comitê Olímpico Internacional (COI) para evitar punições em razão das acusações sobre o caso.
O relatório, divulgado pela Fifa, exime o atual presidente da organização, Sepp Blatter,de qualquer envolvimento com irregularidades. Blatter disse ter recebido o resultado das
investigações "com satisfação".

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