Cidades

Queda de rochas no Cachoeira do Vale completa seis meses sem previsão de solução pelo Dnit

Indiferença do órgão federal chama a atenção da população pelo descaso; problema corre o risco de perdurar por longos anos como as obras de reforma da antiga ponte entre Fabriciano e Timóteo

TIMÓTEO – Seis meses após a queda de rochas que se desprenderam do maciço granítico no Distrito de Cachoeira do Vale, em Timóteo, o problema persiste causando transtornos e risco para quem circula no trecho urbano na BR-381, na saída para Belo Horizonte e demais cidades vizinhas. Por causa das fortes chuvas que castigaram o município no final de 2021 e 2022, parte do talude veio abaixo interditando totalmente a pista nos dois sentidos.

Além do entulho com pedras e areia que ficou acumulado na lateral da pista de rolamento, existe a ameaça de novos deslizamentos de rochas que estão soltas na parte alta do talude. Como se trata se uma rodovia federal cabe ao Dnit responder pelo assunto, mas nenhum diretor ou técnico do órgão federal se manifesta.

SEM SINAL

Não há por parte do órgão federal qualquer sinalização de que o problema será resolvido no curto prazo, o que é preocupante já que o risco de novos deslizamentos permanece. Também tem chamado a atenção da população e das lideranças políticas à indiferença e o descaso com que o departamento tem tratado o assunto.

Quando ocorreu o acidente, o Dnit afirmou que não possuía empresa contratada para fazer a remoção das rochas. Em face disso, o Município de Timóteo encaminhou ofício solicitando autorização para o desmonte/ fragmentação das rochas que obstruíam totalmente a pista, intervenção executada pela Prefeitura.

IMPROVISO

O Município também improvisou uma passagem para o tráfego de caminhões, ambulâncias e veículos de passageiros, haja vista que o trecho é uma importante via de ligação não só para Timóteo, mas para a região do Vale do Aço e Leste de Minas Gerais. A pista de rolamento original continua interditada por causa dos riscos existentes.

Na própria resposta ao ofício encaminhado pela Prefeitura para liberar a pista, o Dnit informava sobre a complexidade do caso em função dos procedimentos que deveriam ser adotados como a caracterização do material por meio de sondagem, seguida de definição da seção compatível com o material obtido pela sondagem e, posteriormente, análise da estabilidade do talude. 

Entretanto passado seis meses, o Dnit continua indiferente ao problema que já causou, inclusive, a morte de um motociclista que trafegava pelo local e se acidentou nas proximidades de onde as pedras rolaram.

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