IPATINGA – A queda de arrecadação nos municípios, em função da crise econômica nacional, está exigindo das prefeituras de todo o país a adoção de medidas de contenção em todas as áreas, o que atinge também o pagamento dos servidores. Em Ipatinga, neste final de ano, a Administração Municipal está sendo obrigada a seguir essa tendência, respeitando os limites legais e fiscais, e buscando garantir a continuidade da prestação de serviços públicos de qualidade à população.
Ao mesmo tempo, a Prefeitura busca formas de equacionar a questão dos pagamentos dos servidores municipais no prazo mais breve possível. As explicações foram apresentadas pelos secretários municipais de Fazenda, Fábio Mussi, e de Administração, Vicente Costa, durante audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira (09), no plenário da Câmara Municipal para debater a situação dos servidores aposentados.
AJUSTES
“A situação financeira de momento exige que o município adote uma série de ajustes, que vem sendo tomados, envolvendo os servidores ativos e inativos, além de fornecedores, parceiros e entidades conveniadas”, argumentaram os secretários. Em Ipatinga, ao se aposentar, o servidor municipal recebe a totalidade do último salário percebido na ativa. Uma parte do vencimento é paga pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), com a incidência do fator previdenciário, e outra é complementada pelo município, sem que o aposentado tenha contribuído com a formação dessa receita ao longo do tempo de serviços prestados.
Conforme dados da Secretaria Municipal de Administração, o número de servidores aposentados passou de 1.734 em 2012 para mais de 2.000 este ano, num aumento de 26%. Atualmente, segundo a Secretaria de Fazenda, a folha de pagamento para complementar os salários dos inativos representa aproximadamente R$ 4,8 milhões por mês.
SALÁRIOS
Em relação aos salários de novembro dos servidores na ativa, a Prefeitura realiza nesta quinta-feira (10) o pagamento de 50% para todo funcionalismo e o restante será depositado na próxima sexta-feira (18). A medida também se deve aos problemas financeiros da Administração Municipal, diante da drástica queda de receitas por causa da crise econômica nacional.