Policia

Quadrilha acusada de roubar gado é presa pela Polícia Civil

Douglas (dir.) e Wesley (esq.) confessaram o crime. Cleiton e Anderson (meio) disseram ser inocentes  (Créditos: Gizelle Ferreira)

BELO ORIENTE – Uma quadrilha foi presa acusada de roubar cabeças de gado na Fazenda Água Suja, zona rural de Belo Oriente. Quatro suspeitos foram apresentados na tarde desta sexta-feira (1º) pela Polícia Civil. Um quinto envolvido está foragido.

De acordo com as investigações, o crime aconteceu na madrugada de quarta-feira (30). O bando rendeu o caseiro de 38 anos, acorrentou as mãos dele e o manteve como refém durante toda a madrugada em uma casa anexa à residência principal da fazenda. Um dos suspeitos ainda teria efetuado um disparo próximo ao ouvido da vítima.

Ainda conforme o delegado de polícia de Belo Oriente Rodrigo Manhães, enquanto a vítima estava encarcerada a quadrilha roubou 46 cabeças de boi em caminhões e fugiu. Os animais não foram achados. “A polícia conseguiu identificar um dos suspeitos por causa de uma tatuagem grande no pescoço, e assim chegamos aos outros acusados. No momento em que fomos capturar a quadrilha, nós pedimos o apoio da Polícia Militar e montamos uma pequena operação” explicou o delegado.

Foram presos Douglas Alves de Lanes, o “Dodô”, 23 anos, Cleiton Toledo de Souza, o “Cueca”, 18 anos, Anderson da Silva Roque, de 34 anos e Wesley Ramos da Silva, 27 anos, conhecido pelo apelido de “Lindo-lindo”. Segundo a polícia, todos possuem passagem pela polícia.


CONFISSÕES

Douglas Alves e Wesley Ramos confessaram ter roubado o gado, mas inocentaram Cleiton e Anderson. “Dodô” disse que foi “contratado” por R$15 mil por um traficante de Belo Horizonte para roubar os animais. Douglas, que já tem várias passagens pela polícia, disse que precisava de dinheiro para cuidar da filha de pouco mais de um ano de idade.

“Eu roubei mesmo, mas os dois meninos (Cleiton e Anderson) não têm nada a ver com o pato. Roubei porque eu estava precisando de dinheiro. Não vendemos o gado. Só ganhamos dinheiro para buscar os animais e levar para BH, mas ainda não recebemos nossa parte”, disse, acrescentando que não se arrepende. “Arrepender do que? Estamos nessa vida é para isso mesmo”.

Cleiton disse que não tem nada a ver com o esquema e acredita ter sido preso porque no momento em que a polícia apareceu na casa de “Dodô” ele estava fazendo uma visita na casa do amigo. “Eu “tô” aqui de bobo. A polícia falou que estou envolvido num roubo de gado aí, mas vou provar que isso não é verdade”, defendeu.

O terceiro suspeito, Anderson da Silva Roque, 34 anos, se mostrou tranquilo diante das acusações. Alegou ser inocente e que tem como provar onde estava no momento do crime. “Vou juntar testemunhas que viram que eu estava mexendo com construção e pedir que o advogado leve todos para testemunhar em meu favor perante o juiz”, alegou.

Wesley Ramos da Silva, 27 anos, também confessou o crime. Disse que foi “convocado” a participar do delito e que não tinha como se livrar do roubo. “Minha participação foi esperar o caminhão chegar e ajudar a colocar o gado no caminhão. Não espero e nem quero receber nenhum dinheiro por isso”, enfatizou o acusado.


Delegado disse que tatuagem de um dos envolvidos ajudou a identificar a quadrilha

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