Cidades

Prorrogação do desconto do IPI impulsionará o comércio

 A venda de eletrodomésticos deve alavancar o consumo e propiciar um crescimento de 15% a 20% até o final do ano

 

FABRICIANO – O alto índice de endividamento da população e a recessão econômica nas siderúrgicas da região são dois dos motivos que têm feito o comércio varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço entrar em declínio. É o que afirma o presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes. Conforme ele, a única boa notícia para o setor é o anúncio da prorrogação do desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na compra de geladeiras, fogões, lavadoras, móveis e materiais de construção, que pode impulsionar o consumo no comércio nos próximos meses.
“A redução do IPI foi estendida até o final de dezembro e deve trazer uma recuperação de vendas no comércio do Vale do Aço. Acreditamos em um crescimento de 15% a 20% até o final do ano”, prevê Facundes, acrescentando que o prazo de quatro meses é ideal para que o varejo e a indústria se programem.
Apesar da prorrogação do desconto do IPI, o presidente do Sindcomércio (Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços) do Vale do Aço observa que o benefício atinge setores mais específicos e poderia ser mais abrangente. “Móveis, eletrodomésticos e automóveis terão as vendas alavancadas, mas em contrapartida outros segmentos poderão apresentar um cenário de retração. Quem gastar com geladeiras e fogões novos, por exemplo, certamente vai deixar de consumir outras mercadorias”, analisa Facundes.
De acordo com o dirigente sindical, é necessário que o Governo Federal tenha atenção especial também com a expansão do crédito e com uma desoneração tributária mais homogênea. “As vendas no varejo no primeiro semestre de 2012 foram abaixo do esperado na região. Nossa expectativa é que o anúncio da prorrogação do desconto do IPI traga tranquilidade ao setor e aqueça o mercado, que ainda terá o incremento do 13º salário”, complementou Facundes.
Conforme dados do Ministério da Fazenda, no caso de fogões a alíquota do imposto, que era de 4%, não existe mais. Já as geladeiras tiveram uma queda de 15% para 5% do IPI, enquanto nas máquinas de lavar passou de 20% para 10%, e a alíquota do imposto dos tanquinhos, antes de 10%, também foi zerada.

Geração de emprego em ascendência
Ipatinga
O presidente do Sindcomércio informa que, apesar de os resultados de vendas no Comércio no primeiro semestre não terem sido os esperados, o setor continua sendo o maior gerador de empregos em Ipatinga. É o que revela os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): ao contrário de outros segmentos, o Comércio em Ipatinga manteve o índice positivo de geração de emprego nos últimos 12 meses, com 11.063 admissões e 10.439 desligamentos – gerando um saldo de 624 novos postos de trabalho. Por outro lado, a Indústria de Transformação não apresenta o mesmo cenário: foram 7.237 admissões contra 10.941 desligamentos, gerando um saldo negativo de 3.704.
Também na contramão do que se vê na Indústria, o setor de Serviços foi outro que cresceu nos últimos 12 meses em Ipatinga, com 11.479 contratações e 10.987 desligamentos, gerando um saldo positivo de 492 postos de trabalho.
“O Sindcomércio representa o comércio varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço. A evolução do emprego nos nossos setores vem solidificar ainda mais o forte potencial do empresário em Ipatinga”, ressalta José Maria Facundes.


Facundes avalia que o adiamento do fim do
desconto no IPI para dezembro permite que
o varejo e a indústria se programem

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