Cidades

Promotor diz que objetivo do Gaeco não é prender vereador

Conforme Fábio Finotti, o desenrolar das investigações inevitavelmente leva às prisões preventivas e também afirma que as investigações continuam

IPATINGA – O promotor Fábio Finotti, integrante da força-tarefa do Gaeco e um dos responsáveis pela operação Dolos, disse nesta sexta-feira durante entrevista coletiva à imprensa que o objetivo precípuo da operação não é prender vereador e que este resultado tem sido uma injunção das circunstâncias em que as investigações e apurações se desenrolam.

“O objetivo nosso não é prender vereadores. O que tem acontecido é toda situação que apuramos tem desenvolvido para a necessidade de prisão”, salientou.

NECESSIDADE

Todos os vereadores presos até agora ficaram sob prisão preventiva que duram todo o decorrer das investigações até o oferecimento da denúncia à Justiça. Apenas o vereador José Geraldo Andrade foi libertado, após um acordo feito com o Gaeco.

Finotti confirmou que todas as prisões foram preventivas e necessárias. “Todas foram preventivas e em todos os casos elas foram necessárias. Foram postuladas e deferidas pela Justiça e, inclusive, já foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça. Nenhum destes vereadores ou assessores que foram presos conseguiram qualquer tipo de liminar”, destacou.

SEM LIMINAR

Sobre o caso do ex-vereador Andrade, que já foi solto, ele explicou que a decisão da 1ª instância e do Tribunal de Justiça em não conceder habeas corpus a nenhum dos presos, não impediu que fosse reconhecido uma situação diferenciada pelo Gaeco. “Com o desenvolvimento das investigações, por exemplo, do ex-vereador Andrade, foi possível reconhecer que era um caso em que ele poderia responder ao processo em liberdade. Tanto é que houve uma manifestação favorável do Ministério Público e não só do MP. Também foi consenso no Gaeco e na 7ª Promotoria de que nesse caso [do ex-vereador Andrade] poderia haver a conversão de prisão em medidas restritivas, diferentes da privação de liberdade. Nos outros casos, a situação deles reclama, demanda, que continuem presos”, asseverou.

A exemplo de Gilmaro Alves, o promotor Fábio Finotti também afirmou que as apurações continuam e outros vereadores não estão imunes de serem investigados. “Inclusive nós temos investigações em curso e dependendo da situação a gente encontra nestas investigações a necessidade de novas prisões preventivas e até temporárias, que podem e vão ser postuladas à Justiça e, dependendo, podem ser deferidas ou não”, concluiu.

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