BELO ORIENTE – Um rapaz de 23 anos foi preso pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (5) acusado de um homicídio ocorrido em junho deste ano, em Belo Oriente. Deivison Dionatan
Araújo dos Reis foi apresentado à imprensa na tarde passada como sendo coautor do assassinato de Fidelio Filomeno da Silva, 31 anos.
A vítima foi brutalmente morta a pauladas e facadas no Córrego do Ypê, zona rural de Belo Oriente. Fidelio era líder comunitário e chegou a se candidatar a vereador de Belo Oriente nas últimas de 2012 pelo PSDC.
INVESTIGAÇÕES
Poucos dias depois da morte de Fidélio, a autoria do homicídio já havia sido definida pela Polícia Civil. À época Deivison e John Lenon Sena Rosa, 20 anos, foram ouvidos e confessaram o crime.
Após a confissão, a dupla foi liberada por possuir residência fixa e por colaborar com as investigações. Porém, logo depois um mandado de prisão preventiva foi expedido em desfavor dos dois rapazes. John Lenon acabou preso, mas Deivison conseguiu fugir.
De acordo com o delegado de Belo Oriente Rodrigo Manhães, Deivison teria retornado recentemente ao local onde mora, acreditando que tudo estava tranquilo. Ele foi preso em
casa e não resistiu. “Como o tempo passou, provavelmente ele achou que a coisa já havia esfriado, e então voltou. Como as diligências continuaram, os investigadores com o mandado de prisão conseguiram prendê-lo”, explicou o delegado.
MOTIVAÇÃO
Conforme as investigações, a motivação do crime seria porque Fidelio teria colocado um apelido no pai de Deivison, que não teria gostado, e por outras discussões banais. “Este apelido gerou uma insatisfação muito grande em Deivison e ele prometeu para ele mesmo que uma hora ele vingaria essa situação”, esclareceu o delegado.
DEPOIMENTO
Deivison não quis falar com a imprensa. Mas, em seu depoimento à polícia contou com riquezas de detalhe como ocorreu o crime. De acordo com o acusado, ele e John Lenon
estavam bebendo no mesmo bar em que a vítima também estava e resolveram, então, arquitetar o plano de vingança.
No depoimento, Deivison disse que há mais de um ano, a vítima teria apelidado o pai dele e que por isso e por outras razões Fidelio merecia uma surra. O acusado disse à
polícia que a intenção era agredir a vítima e não matá-la.
Ainda na oitiva prestada na delegacia, Deivison contou que ofereceu carona a Fidelio, mas antes passou em casa e pegou uma faca. O acusado contou ainda que em certo trecho, ele e
o amigo pararam sob o pretexto de urinar. Neste instante, Deivison golpeou Fidélio com uma facada no peito.
DECAPITAÇÃO
Consta no depoimento que a vítima tentou segurar a faca, mas que Deivison deu vários golpes até a faca quebrar. Como já não bastassem as agressões, os rapazes pegaram pedaços de madeira e acertaram várias vezes a cabeça de Fidélio e depois saíram do local.
“A execução se deu de uma maneira muito cruel, com pauladas e facadas. Pelo que ficou apurado na época a vítima quase foi decapitada, em razão da crueldade e gravidade
das lesões”, finalizou o delegado.
