Cidades

Presidente de Associação defende ocupação e critica a Prefeitura

(Crédito: André Almeida)

 

IPATINGA – O presidente da Associação de Moradores do Nova Esperança, Genílson José de Almeida, procurou a reportagem do DIÁRIO POPULAR na tarde desta quinta-feira (30) para reclamar o uso de seu nome pela Prefeitura Municipal de Ipatinga em reportagem publicada no site da Administração Municipal, bem como no Diário Oficial.

O texto “Famílias devem deixar áreas impróprias para moradias” trazia um apelo da prefeita Cecília Ferramenta (PT) para que as famílias que ocuparam áreas do bairro Nova Esperança, em meados de janeiro, deixassem os locais.
A matéria informava ainda que a Prefeitura de Ipatinga havia conseguido na Justiça uma nova liminar de reintegração de posse referente a um terreno invadido na divisa do Nova Esperança com o bairro Recanto.

Durante a tarde da última quarta (29), a Prefeitura de Ipatinga convocou a imprensa regional para falar que a reintegração das áreas invadidas poderia acontecer a qualquer momento. “As invasões, da forma como são feitas, causam transtornos para todos, para o meio ambiente e também a sociedade como um todo”, afirmou a prefeita na ocasião.

Convidado a participar do encontro com os jornalistas, Genílson teve seu nome citado pela reportagem da Prefeitura: “Também estiveram na coletiva os representantes da Associação de Moradores do Recanto e o presidente da Associação de Moradores do Nova Esperança, Genílson José de Almeida, que reforçaram o apoio às medidas adotadas pela Prefeitura para garantir a desocupação das áreas”, afirmou o texto.

No entanto, o líder comunitário disse ontem que se sentiu usado pela Administração Municipal. “Me chamaram para uma reunião para tratar das famílias que estão na ocupação. Mas quando eu cheguei na Prefeitura a imprensa já estava lá. Eu não fui ouvido pela prefeita, nem por ninguém do Governo. Não pronunciei nada a favor da retirada das famílias do local, afinal sou representante legal deste bairro onde fui eleito presidente da Associação de Moradores. Nunca poderei ir contra os movimentos populares”, afirmou Genílson.

O líder comunitário ressaltou que a informação divulgada pela Prefeitura lhe causou grande constrangimento entre os moradores do bairro. “Estou querendo desfazer esse mal entendido. Fui escolhido para ser uma ponte entre os moradores e a Prefeitura, mas não posso apoiar que retirem as famílias que não têm para onde ir”, disse.

A Prefeitura de Ipatinga se defendeu afirmando, em nome do secretário de Governo Antônio Pirralho, que convidou Genílson para o encontro com a imprensa, mas em nenhum momento o coagiu a participar. O Governo disse também que mantém a postura de aguardar o cumprimento da medida judicial que determinou a desapropriação da área invadida no Nova Esperança.

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