Cidades

Prefeita perde a paciência e entra na Justiça por reforma em ponte

Arquivo DP

FABRICIANO – “Nossa paciência chegou ao limite”. O desabafo foi feito ontem pela prefeita de Coronel Fabriciano Rosângela Mendes (PT) ao anunciar a decisão de entrar com uma representação no Ministério Público Federal contra o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e o Ministério dos Transportes por causa da demora em realizar a reforma da ponte velha que liga Coronel Fabriciano a Timóteo.

SUBTERFÚGIOS
Rosângela Mendes lembrou que a ponte está interditada há 2 anos e 7 meses e desde o início da interdição parcial, inúmeras gestões foram feitas junto aos órgãos federais para que as obras de reforma fossem realizadas.

“A Prefeitura de Coronel Fabriciano, a Prefeitura de Timóteo, a Associação dos Municípios para o Desenvolvimento Integrado (AMDI), as Câmaras municipais, deputados estaduais e federais, enfim, diversas forças políticas fizeram várias conversas com o Dnit e o Ministério dos Transportes. Ora diziam que as obras não avançavam por falta de recurso, ora porque as licitações corriam desertas (sem participantes), mas acontece que a situação da ponte hoje é muito crítica e não podemos mais esperar, por isso tomamos a decisão de entrar com a representação junto ao Ministério Público Federal”, explicou a prefeita.

REPRESENTAÇÃO

Rosângela lembrou que houve uma interrupção parcial do tráfego e criou-se a expectativa de que fosse feito algum reparo, mas isso não aconteceu.

“Esta situação tem prejudicado nosso comércio, que caiu em média 40% no trecho próximo à ponte. Além do mais, trata-se de um equipamento que não é útil somente para Fabriciano, Ipatinga e Timóteo, mas para toda a Região Metropolitana, trata-se de uma importante via de escoamento da produção regional em direção à capital, outras cidades e estados. Então, não é possível que esta situação perdure por mais tempo, por isso tomei a decisão de entrar com a representação junto ao MPF, o que foi feito no dia 18 e agora aguardamos um posicionamento do Ministério dos Transportes junto ao Dnit. E espero que sejam bem rápidos e objetivos porque não podemos mais aceitar esta situação”, concluiu a prefeita.

ABSURDO

O procurador da Prefeitura de Coronel Fabriciano Luiz Henrique Ribeiro, disse que é um absurdo que a União e o Dnit não tomem nenhuma providência em relação ao problema. “E o pior: quatro meses depois da interdição, sem que houvesse qualquer manutenção, eles a liberaram novamente. Ou seja, a ponte ainda coloca em risco a vida das pessoas que por ali passam. Em dias de chuva, por exemplo, inunda tudo”, ilustra o advogado, indagando: “Até quando esta situação vai persistir?”

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