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Por 364 votos, Câmara decide manter preso deputado que atacou STF e a democracia

(DA REDAÇÃO) – A Câmara dos Deputados decidiu hoje manter por 364 votos contra 130 e 3 abstenções a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O parlamentar foi preso em “flagrante delito” na noite da última terça-feira (16) por fazer ameaças a ministros do STF e ao regime democrático, segundo decisão do ministro da Corte, Alexandre de Moraes. A detenção determinada por Moraes foi depois ratificada por unanimidade pelos demais ministros do Supremo.

Embora tenha gerado controvérsias por ter sido uma decisão de ofício tomado pelo ministro Alexandre de Moraes, a decisão colocou fim ao discurso de ódio do deputado, que se utilizava da tribuna da Câmara e da imunidade parlamentar para defender a ditadura militar, o AI-5, a tortura, o fechamento do STF e do próprio Congresso.

Mais cedo, num pronunciamento patético em sua defesa, da prisão onde se encontra, o deputado, num discurso visivelmente manipulatório, vexatório e covarde, pediu desculpas, disse que não representava uma ameaça à democracia e admitiu ter exagerado. Suas escusas, entretanto, não foram suficientes para sensibilizar os colegas, que referendaram a decisão de mantê-lo preso.

Além dos colegas do PSL e deputados da “bancada da bala”, Daniel Silveira não encontrou muito respaldo nem entre deputados do “Centrão”, aliados do governo. Aliás, nem os integrantes do próprio governo Jair Bolsonaro, em nenhum momento saíram em sua defesa, ainda que Silveira seja um dos principais integrantes da “tropa de choque” do presidente na Câmara dos Deputados. No total isolamento, o deputado deve agora enfrentar um processo de cassação e o ostracismo político.

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