Cidades

Política de alianças sem conchavos

 (*) Antônio Pirralho

 

As discussões em torno da política de alianças em Ipatinga devem obedecer rigorosamente o conteúdo programático da chapa majoritária. Em 2010, nas eleições extemporâneas ocorreu um ajuntamento de partidos em torno de um projeto político
pessoal representado pelo delegado de Polícia Civil e deputado federal, Alexandre
Silveira. Este projeto político pessoal, que foi um verdadeiro estelionato eleitoral,
colocou Ipatinga na situação em que se encontra hoje.
Só refrescando a memória… É bom lembrar alguns dos partidos que comandaram
esse estelionato em 2010: PPS, PSC, PMDB, PSB e PR. Tem mais… Se não me
engano foram 17 siglas partidárias. Gostaria de elencar apenas estas, em função dos
questionamentos que faço a seguir: todos estes partidos citados apóiam qual candidato
hoje? Em 2010, em qual destes partidos estavam filiados o delegado de Polícia Civil
Alexandre Silveira e o atual presidente da Câmara Municipal de Ipatinga? Quais
foram as condições em que este ajuntamento partidário ocorreu? Qual foi o tipo de
barganha que fizeram? Financeiramente, quanto custou? Quem pagou a conta depois?
O ajuntamento sequer tinha Programa de Governo, e a prova cabal disso é o caos ora
instalado na cidade.
Queremos sim, discutir a política de alianças com os partidos que, mesmo que tenham
feito parte do engodo de 2010, entendem que essa maneira abrupta e irresponsável de
fazer política foi extremamente prejudicial à nossa cidade.
Entendemos que a melhor (e verdadeira) aliança a ser feita é com a população de
Ipatinga, com as bases dos partidos da aliança espúria de 2010, que se sentiram
enganadas, que querem resgatar uma cidade bem cuidada, bem governada e com
qualidade de vida para todos e todas, capaz de assegurar inovações e competências na
prestação dos serviços públicos à população e na administração municipal.
Lamentamos que alguns partidos ainda insistam na política do toma lá dá cá em
Ipatinga.Transformando o processo eleitoral num verdadeiro balcão de negócios.
Não faremos este tipo de debate. Os partidos que comandaram o desastre político das
eleições extemporâneas, encarnados principalmente nas pessoas que dirigem o PPS,
PSD, PMDB e assemelhados, retornam às eleições de 2012 com a mesma nefasta
prática política.
A população ipatinguense sabe disso. Ninguém precisa ficar pensando que o povo é
trouxa, porque não é. As alianças políticas são saudáveis, desde que consolidadas em
bases programáticas, com o olhar voltado para o interesse popular.
Nas eleições de 2012, nossa população estará debatendo e comparando projetos para
a nossa cidade. Ipatinga teve 16 anos de administrações petistas (1989 a 2004), bem
sucedidas e bem avaliadas pela população. Durante estes 16 anos de governos petistas
em Ipatinga, a tônica foi a participação popular e a inversão de prioridades.
Precisamos trazer de volta as políticas públicas implementadas pelo PT em Ipatinga,
que foram sucateadas a partir de 2005. Precisamos fazer com que nosso município
retome os trilhos dos desenvolvimentos econômico, urbano e social.
Precisamos resgatar a importância de Ipatinga nos cenários regional, estadual, nacional
e internacional.
Afinal, a nossa cidade era cantada em verso e prosa, como excelência em qualidade de
vida e gestão pública eficiente.
Precisamos inserir Ipatinga no contexto das políticas públicas implementadas pela
presidenta Dilma Rousseff no país, mas que, infelizmente, não chegam a Ipatinga
devido à má gestão desses que querem a qualquer custo se manter no poder.
Será que a população de Ipatinga quer continuar nas mãos dos algozes que levaram o
nosso município ao nível de terra arrasada?

(*) Antônio Pirralho é presidente do PT de Ipatinga.

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