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Polícia investiga se homem premeditou morte da mulher

José é acusado de matar duas Marias; ele já cumpriu pena por um homicídio   (Crédito das fotos: Gizelle Ferreira)

 

IPATINGA – Acusado de um crime bárbaro em Ipaba, José de Fátima Dias, 55 anos, foi apresentado na manhã desta sexta-feira (23) à imprensa como sendo o principal suspeito de ter matado com 15 facadas a sua companheira Maria Catarina Rocha, 55 anos. Ele já se encontra preso no Ceresp de Ipatinga.
A Polícia Civil não descarta a hipótese de o homem ter premeditado o crime, já que ele utilizou uma faca de cozinha aparentemente nova e ainda com preço para desferir golpes contra a mulher. Além disso, cartas anônimas dando conta de que a vítima estava tendo caso extraconjugal foram encontradas dentro da casa pela filha da mulher.
Trechos da carta dizem: “acaba logo com essa rapariga”; ô seu Zé, mete logo a faca nesta rapariga”. “Embora ele diga que não tinha lido a carta, a forma como ele executou a mulher é exatamente como diz no texto. Então o que a gente vai tentar identificar agora é se foi ele o autor da carta ou se outra pessoa enviou a carta endereçada a ele”, diz o delegado Ricardo Cesari.

OUTRA MARIA

O acusado já possui histórico de violência. Em 2008, ele foi posto em liberdade depois de cumprir sete anos de pena pelo assassinato da ex-mulher Maria Madalena. Segundo consta da denúncia, ele também matou a primeira esposa a facadas.
O motivo também apontado para assassinar Maria Madalena teria sido ciúmes. “Tudo indica que ele é frio, calculista. Ele matou a primeira mulher a facadas, agora a segunda da mesma forma e quando eu estava aguardando para retirar ele da cadeia, os agentes penitenciários me confidenciaram que ele já está espalhando entre os presos que a próxima mulher dele será morta a facadas”, disse o policial, acrescentando que ele possui perfil de uma pessoa que tem prazer de executar suas mulheres.

REPRESENTAÇÃO
Ricardo Cesari lamenta que a vítima ou alguém ligado à família não tenha registrado qualquer tipo de queixa quanto a possíveis ameaças e agressões. Segundo ele, a filha de Maria Catarina disse que no sábado anterior ao crime José teria feito graves ameaças de morte contra a mãe dela. “Então, talvez se ela tivesse feito a denúncia à polícia, feito uma representação criminal e adotado as medidas protetivas de urgência, conforme estabelece a lei, o crime poderia ter sido evitado. Mas, talvez até por receio ou medo do José, a vítima não procurou a polícia”, explica o delegado.


Cartas anônimas irão ajudar PC a descobrir se crime foi premeditado

 

IPABA – José e Maria Catarina estavam juntos há cerca de oito anos. Ele contou que os dois se conheceram logo quando ele deixou a Penitenciária de Ipaba, após cumprir pena pela morte da primeira mulher. Segundo ele, antes de ir morar com Catarina, ele tinha conhecido outra mulher, mas o relacionamento durou pouco. “Foi quando eu já estava sozinho, ela (Maria Catarina) foi na minha casa me buscar e aí passamos a viver juntos”, relata.

O CRIME
O acusado disse que chegou em casa na quarta-feira (21) desesperado e, antes de cometer o assassinato, tomou um remédio para pressão. José disse não se lembrar detalhes do crime. “Não sei o que veio na minha cabeça. Não sei como foi mais. A gente se arrepende, mas fazer o que? Agora é só Deus para tomar conta”, diz.
Ele contou que há muito tempo vinha recebendo críticas pelas ruas de Ipaba insinuando que a vítima estaria tendo caso com outro homem. “Eu não podia sair na rua que vinha um e punha a mão na minha cabeça e começava a rir. Aí foi esquentando a cabeça da gente”, justifica-se.

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