Policia

Polícia carioca cumpre mandado de prisão em Coronel Fabriciano

Para inspetor, quadrilha envolvida é muito bem organizada, o que dificulta chegar até os principais acusados
(Crédito: Gizelle Ferreira)

FABRICIANO – A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou ontem a operação Dinheiro Fácil em três estados brasileiros: Espírito Santo, Rio e Minas Gerais, onde sete mandados de prisão foram cumpridos: seis em Belo Horizonte e um em Coronel Fabriciano. Na cidade, os agentes prenderam U.P.S, de 29 anos, sob suspeita de fazer parte de uma quadrilha de estelionatários que atuava nos três estados aplicando golpes financeiros por meio de anúncios de jornal. U. foi preso no início da manhã de sexta em sua casa, no bairro Melo Viana.

O inspetor Fausto Curi, da 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana, no Rio, esteve no Vale do Aço para dar suporte aos policiais de Fabriciano. Ele explicou que a investigação das quadrilhas vinha acontecendo desde julho deste ano e começou a partir da denúncia de uma pessoa que teria sido lesada após contato por meio de informações anunciadas em classificados.

EMPRÉSTIMOS
Segundo o inspetor, os bandidos faziam anúncios em jornais de grande circulação nos Estados oferecendo empréstimos pessoais facilitados, mas pediam um adiantamento em dinheiro para o pagamento de despesas operacionais. Em seguida, os criminosos efetuavam um depósito em banco com envelopes vazios para a vítima com um valor maior que o contratado. A vítima era informada do suposto erro antes da compensação do valor e então realizava um depósito para os bandidos a fim de pagar a diferença. Estima-se que a cada golpe os bandidos conseguiam ganhar entre R$ 500 e R$ 700 e que cerca de cinco mil pessoas foram lesadas, causando prejuízo de mais de R$ 1 milhão.
O inspetor Fausto também afirmou que a participação de jornais no crime será investigada, mas adiantou que nenhum veículo de imprensa do Vale do Aço tem envolvimento no golpe.

LARANJA

A participação de U. também será ainda investigada pela Polícia, que acredita que ele talvez tenha atuado na negociação direta com as vítimas. O preso contou em depoimento que havia emprestado sua conta bancária para um dos estelionatários sem saber para que ela seria utilizada, sendo um mero laranja no esquema. A mãe do preso esteve na Delegacia de Fabriciano, no bairro Santa Helena. Emocionada, ela afirmou que o filho nunca deu problemas e que era trabalhador e responsável.

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