FABRICIANO – Empresários, Polícia Militar e a Prefeitura de Coronel Fabriciano reuniram-se na segunda-feira (23), às 9h30, na sede do Sindcomércio Vale do Aço na cidade para discutir os problemas e a insegurança gerados pela chamada “gangue da marcha à ré” e, ainda, esclarecer questões referentes à instalação de defensas em frente às lojas contra arrombamentos.
Há algumas semanas, uma modalidade criminosa tem tirado o sono dos comerciantes de Fabriciano: durante a madrugada, ladrões – geralmente usando carros furtados – dão marcha à ré sobre as calçadas do município para arrebentar as portas de aço das lojas e levar mercadorias. Diante do problema, muitos empresários da cidade começaram a instalar defensas metálicas e de madeira, na porta de seus comércios, para aumentar a segurança contra os arrombadores.
RENTE À PORTA
Presente à reunião, o secretário municipal Douglas Prado, responsável pela Secretária de Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente, informou que, de imediato, como medida paliativa, é mais “tolerável” que a instalação das defensas seja feita rente à porta das lojas, já bem perto da vitrine, e não próxima do meio fio. “No entanto, o ideal, assim como acontece em outras cidades, seria defensas removíveis, de maneira que a calçada ficasse liberada durante o período comercial”, observou Douglas Prado, informando que as notificações que alguns lojistas estão recebendo por ter instalado as defensas são uma maneira de a Prefeitura provocar o empresário para uma orientação.
BIKE PATRULHA
O comerciante Bruno Morais, que é proprietário de uma loja na Rua Maria Matos, no Centro, e também já instalou as defensas, cobrou mais policiamento nas ruas e o uso de “bikes patrulha” para que se possa ter agilidade. A sugestão foi aceita pelo major Luciano Reis, que, juntamente com o capitão Conrado, representou a PM na reunião. “Nos próximos dias vamos fazer um estudo de viabilidade de implantação desta ‘Ciclo Patrulha’ no Centro. Ainda nos comprometemos a intensificar o trabalho com a ‘Rede de Comércio Protegida’ e também fazer visitas de ‘prevenção ativa’ aos comerciantes, dando dicas específicas, pois sabemos que cada estabelecimento comercial tem que ser tratado de maneira diferente”, enumerou o oficial, ressaltando que a “Rede de Comércio Protegida” não se resume à troca de mensagens via WhatsApp, uma vez que há a necessidade de reuniões periódicas e uma série de outras ações.
José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio, destacou que a reunião foi muito positiva para os envolvidos. “Não estamos saindo frustrados daqui, uma vez que a Prefeitura se mostrou aberta ao diálogo e atenta às reivindicações dos comerciantes, enquanto a Polícia Militar anunciou uma série de novas ações para coibir a ação da ‘gangue da marcha à ré’ e aumentar a segurança de maneira geral”, comemorou o dirigente sindical.
OUTROS ASSUNTOS
Além do problema dos arrombamentos, a reunião no Sindcomércio foi importante para debater melhor a questão da criminalidade em Fabriciano. O major Luciano lembrou que a segurança é um dever do Estado, mas ressaltou que todos precisam contribuir. Conforme o policial, a instalação de câmeras e outras medidas eletrônicas de proteção são muito importantes para inibir a ação dos criminosos. Já o capitão Conrado convidou os comerciantes e demais presentes a participar do Consep (Conselho Municipal de Segurança Pública), que promove reuniões e define importantes ações em prol do comércio.
Por sua vez, o secretário municipal Douglas Prado informou que a atual administração municipal tem trabalhado em um projeto que prevê a instalação câmeras “Olho Vivo” por toda a cidade. Cobrou-se, ainda, um aumento de efetivo de policiais nas ruas.
