Polícia Militar
ANTÔNIO DIAS – A Polícia do 3º Pelotão de Polícia Ambiental sediado no Parque Estadual do Rio Doce, realizou durante os dias 6 a 8 de novembro a Operação Piracema, nas divisas das zonas rurais dos municípios que compõem o entorno da Unidade de Conservação. O objetivo foi intensificar a fiscalização da pesca, que está restrita por conta do período de reprodução dos peixes.
Durante a operação especial, foram apreendidos 20 jequis, três armadilhas para captura de animais silvestres; dois barcos; 107 joão bobos ou boínhas; quatro redes que mediram 100m²; uma arataca; uma fisga; três espingardas – uma de calibre .22 e duas calibre .36 – e quatro armas de fabricação artesanal conhecidas como “toco ou cotocos”, 56 cartuchos de calibres diversos intactos e 21 deflagrados; 10 recipientes contendo pólvora, chumbo e espoleta.
Ainda de acordo com os policiais ambientais também foram realizados cinco patrulhamentos de pesca embarcados e fiscalizados dois comércios de pescado, que gerou uma notificação para regularização do registro para o comércio. Ninguém foi preso.
FENÔMENO
A operação especial terminou, mas a fiscalização continua até o fim da Piracema, dia 28 de fevereiro. Até lá, as limitações continuam valendo, pois é neste período que os peixes sobem para as cabeceiras dos rios para se reproduzirem.
O fenômeno Piracema acontece todos os anos, coincidindo com o início do período das chuvas, entre os meses de novembro e fevereiro. Ao fim desta época, as lagoas existentes às margens dos rios perdem contato com o curso d’água e as ovas ficam retidas. Nesses locais, as chances de sobrevivência dos filhotes são maiores, pois as águas são ricas em alimentos. Com as novas chuvas, as lagoas voltam a se conectar ao rio.
As armas de fogo, as munições e materiais de recarga foram apreendidos e encaminhados à Delegacia de Ipatinga. Os materiais de pesca e as armadilhas foram encaminhados ao núcleo do IEF do Parque Estadual do Rio Doce.