Policia

PF investiga atentado contra perito do INSS

Câmeras de segurança

INHAPIM – A Polícia Federal vai investigar uma dupla tentativa de homicídio envolvendo o médico perito do INSS Edilei Bomfim e uma frentista. Eles foram atropelados no último sábado (5) em um posto de combustíveis. O condutor do carro tinha passado por uma perícia há cerca de seis meses, que havia determinado o fim da sua aposentadoria por invalidez.

Conforme as primeiras investigações ele teria decidido se vingar de um dos médicos que participou da banca. O atropelamento foi filmado por câmeras do circuito de monitoramento do posto, que mostram o momento em que o médico e a frentista estão parados em frente uma bomba. O motorista passa uma vez perto das vítimas e se certifica se era mesmo o médico que queria atingir. Depois, ele volta com o carro em alta velocidade e atropela a funcionária e o perito do INSS. Com o impacto a bomba de gasolina foi arrancada.

A funcionária do posto quebrou a bacia e o médico sofreu exposta na perna direita. Os dois passam bem. O motorista do carro foi identificado como Antônio de Abreu Marliere, de 55 anos. Segundo o relato da PM, o motorista fugiu para um matagal, após atropelar as vítimas. A investigação do caso ficarão a cargo da delegacia da Polícia Federal de Governador Valadares por se tratar de um crime contra um funcionário público federal.

NOTA DE REPÚDIO
A Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) publicou em seu site uma nota de repúdio ao atentado contra o médico perito. Segundo a nota, desde que o segurado teve a aposentadoria cancelada, o médico estava sofrendo ameaças.

Ainda conforme o comunicado, a ANMP irá oficiar ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para que a Polícia Federal aja com todo o rigor e rapidez para solucionar esse caso e irá notificar também o INSS e o Ministério da Previdência Social.

“Infelizmente, mais uma vez peritos médicos são vítimas de agressões bárbaras e tentativas de assassinato”, diz a nota. “O motorista era beneficiário remanescente de uma quadrilha suspeita de matar uma perita médica do INSS em 2006, Maria Cristina Felipe da Silva. À época a ANMP estava em um movimento de paralisação por falta de segurança”, firma o comunicado.

Ainda conforme a ANMP, o perigo é real e imediato: “A Perícia Médica não pode continuar exposta desta forma. Essa vulnerabilidade a que o servidor público Perito do INSS é submetido é decorrente da desídia dos órgãos de gestão em garantir a segurança e pela falta de rigor no combate a benefícios fraudulentos. A ANMP irá tomar todas as medidas que se fizerem necessárias no sentido de visar a segurança da categoria”.

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