(DA REDAÇÃO) – A 143ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 21 a 23 de fevereiro de 2019 e divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) no dia 26 de fevereiro, mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal do presidente Jair Bolsonaro. Mede ainda a expectativa da população em relação ao emprego, à renda, à saúde, à educação e à segurança pública nesse início do novo mandato presidencial. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
Conforme a pesquisa CNT/MDA, a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro é positiva para 38,9% dos entrevistados, contra 19,0% de avaliação negativa. Para 29,0%, a avaliação é regular e 13,1% não souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 57,5% contra 28,2% de desaprovação, além de 14,3% que não souberam opinar.
Nas primeiras pesquisas CNT/MDA no início de seus governos, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) obtiveram avaliação positiva de 56,6% e de 49,2%, em 2003 e 2011, respectivamente.
EXPECTATIVA
A pesquisa aponta também que o brasileiro está otimista com a expectativa para os próximos 6 meses, embora os primeiros sinais, como a proposta da reforma da Previdência não aponte nesta direção. Confira a opinião dos entrevistados:
Emprego: vai melhorar: 51,3%, vai piorar: 17,2%, vai ficar igual: 28,7%
Renda mensal: vai aumentar: 33,8%, vai diminuir: 9,6, vai ficar igual: 51,2%
Saúde: vai melhorar: 41,7%, vai piorar: 19,2%, vai ficar igual: 36,0%
Educação: vai melhorar: 47,2%, vai piorar: 15,6%, vai ficar igual: 34,8%
Segurança pública: vai melhorar: 53,3%, vai piorar: 17,5%, vai ficar igual: 26,3%
NOVO GOVERNO
Em relação ao novo governo, 82,7% afirmam que votaram para presidente em 2018. Desses, 70,4% estão satisfeitos com o voto e 15,9% estão muito satisfeitos. Já 7,6% estão arrependidos.
Para 55,4%, o governo Jair Bolsonaro está sendo melhor que o governo Michel Temer. 24,3% consideram que está sendo igual e 8,7% avaliam que está pior.
COMPARAÇÃO
Na comparação do governo de Dilma Rousseff e de Jair Bolsonaro, 55,9% acham que o governo Jair Bolsonaro está sendo melhor. 19,4% avaliam que está pior e 14,5% consideram que está sendo igual.
Ao serem questionados se Jair Bolsonaro reúne as condições para unificar os brasileiros, 40,5% responderam que sim, que a atuação dele vai contribuir para reduzir a separação política entre as pessoas. Já 21,6% afirmam que vai acirrar a separação política e 18,1% avaliam que não vai alterar.
PRINCIPAIS DESAFIOS
Sobre os principais desafios do governo atual a pesquisa aponta o seguinte:
Saúde: 42,3%
Segurança: 34,3%
Educação: 31,6%
Corrupção: 29,2%
Emprego: 23,7%
Economia: 14,3%
Combate à pobreza: 13,3%
Meio Ambiente: 1,5%
Saneamento: 1,0%
Energia: 0,9%
Transporte: 0,8%
TEMAS
Sobre aprovações e desaprovações gerais das primeiras medidas adotadas pelo governo Bolsonaro, o resultado é o seguinte:
Reestruturação dos ministérios e órgãos federais: 62,2% aprovam e 21,3% desaprovam.
Salário mínimo em R$ 998,00: 29,5% aprovam e 66,9% desaprovam.
Decreto que flexibiliza a posse de armas: 42,9% aprovam e 52,6% desaprovam.
Reforma da Previdência: 43,4% aprovam e 45,6% desaprovam.
Pacote anticrime: 62,0% aprovam e 18,8% desaprovam.
Em relação ao combate à corrupção, 48,3% avaliam que o governo do presidente Jair Bolsonaro está conforme o esperado, quando comparado com as promessas de campanha. Para 21,6%, está pior que o esperado. Já 20,6% consideram que está melhor.
Sobre os ministros e os ministérios, 44,2% os consideram ótimos ou bons. Já 30,6% acham que são regulares e 13,9%, ruins ou péssimos.
Para 57,6%, o governo Jair Bolsonaro mudará para melhor a vida dos brasileiros. 27,5% acham que não mudará e 8,1% consideram que mudará para pior. Entre aqueles que consideram que a mudança será para melhor, 34,8% acreditam que isso ocorrerá em dois anos.
SITUAÇÃO POLÍTICA
58,3% estão acompanhando ou ouviram falar do caso do ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, que foi exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro. Entre eles, 54,5% acham que a exoneração foi justa.
Também entre os que sabem da exoneração, 73,3% acreditam que o filho de Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, influenciou na demissão do ministro Gustavo Bebianno.
85,9% consideram que a população tem direito de saber o motivo das demissões de ministros.
Para 56,8%, os filhos do presidente Jair Bolsonaro (o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro; o deputado federal Eduardo Bolsonaro; o senador Flávio Bolsonaro) estão interferindo nas decisões do pai na Presidência da República.
75,1% avaliam que familiares, independentemente de serem ou não políticos, NÃO devem influenciar um presidente da República nas suas decisões de governo.
39,2% confiam mais no presidente Jair Bolsonaro do que no seu vice Hamilton Mourão. Já 27,5% disseram não confiar em nenhum dos dois e 16,3% confiam igualmente nos dois. Outros 6,6% dos entrevistados disseram que não conhecem o vice-presidente e 6,0% confiam mais nele do que em Jair Bolsonaro.
Pesquisa avalia confiança nas instituições
A pesquisa avaliou a confiança dos brasileiros nas instituições do País. Sobre as instituições e/ou corporações que o entrevistado mais confia o resultado é o seguinte:
Igreja: 34,3%
Bombeiros: 19,7%
Forças Armadas: 16,0%
Justiça: 9,8%
Polícia: 4,1%
Imprensa: 3,7%
Governo: 2,4%
Congresso Nacional: 1,0%
Partidos políticos: 0,2%