Nacionais

Países em desenvolvimento propõem fundo para financiar ações sustentáveis

Dilma Rousseff abriu ontem (13) o Pavilhão do Brasil, no primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

 

RIO DE JANEIRO – Um fundo de US$ 30 bilhões pode ser criado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), pelos países do G77+China, entre os quais o Brasil, para financiar o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento. A informação foi dada ontem (13) pelo negociador-chefe do Brasil na conferência, o embaixador Luiz Figueiredo Machado.
Em entrevista coletiva à imprensa, no Riocentro, sede do evento, o embaixador confirmou que a proposta foi apresentada com objetivo de facilitar a implementação do documento final da Rio+20, que se estenderá até o dia 22.
“O grupo do G77+China tem a ideia da criação de um fundo para o desenvolvimento sustentável, de U$ 30 bilhões. Essa é uma proposta que conta com respaldo do grupo e faz parte da negociação que está sendo conduzida”, disse.
O secretário-geral das Nações Unidas para a Rio+20, o embaixador chinês Sha Zukang, cobrou pressa para o encaminhamento das negociacões com vistas ao documento final – texto que estabelecerá metas para o desenvolvimento sustentável e a economia verde. Ele admitiu, no entanto, que devem sair mais facilmente metas voluntárias de governos, empresários e indústrias.

ABERTURA
A presidenta Dilma Rousseff abriu ontem (13) o Pavilhão do Brasil, no primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Em seu discurso, ela lançou um alerta sobre a necessidade de um compromisso entre todos os países do mundo para alcançar metas de desenvolvimento sustentável, principalmente as nações desenvolvidas que enfrentam crise em suas economias.
“Não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico. Pelo contrário, um posicionamento pró-crescimento, de preservar e conservar, é intrínseco à concepção de desenvolvimento, sobretudo diante das crises”, afirmou.
Dilma Rousseff ressaltou que “o ambiente não é um adereço, faz parte da visão de incluir e crescer porque em todas elas nós queremos que esteja incluído o sentido de preservar e conservar”.
A presidenta acrescentou que os compromissos apresentados durante a Rio+20 foram assumidos “voluntariamente”. “Consideramos que a sustentabilidade é um dos eixos centrais da nossa conviccção de desenvolvimento”, destacou.
O Pavilhão do Brasil conta com uma estrutura de 4 mil metros quadrados construída com contêineres reaproveitáveis e abriga uma exposição multimídia sobre programas e projetos dos ministérios e órgãos governamentais. No local também serão realizados debates e palestras. No dia 20, a presidenta deve voltar à cidade do Rio, quando se reunirá com chefes de Estado até o dia 22, último dia da conferência.

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