Policia

Pai é acusado de aliciar filho

(Fotos: Gizelle Ferreira)

 

IPATINGA – Um pai foi preso na manhã desta segunda-feira (4), acusado de aliciar o próprio filho, um garoto de 12 anos, para o tráfico de drogas. A polícia só conseguiu chegar ao acusado Olício Mendes Barros, 41 anos, depois de abordar o menor com 16 pedras de crack.
O aspirante Lucas explicou que a Polícia Militar fazia patrulhamento de rotina pelo Morro Santa Rosa, no bairro Bethânia, quando deparou com o garoto. O menino mudou de rota quando avistou a viatura dos militares, o que então chamou atenção dos patrulheiros. Ao ser abordado, os oficiais acharam na cueca do menino, além das pedras de crack, um papelote de cocaína.

Ao ser questionado onde teria arranjado os entorpecentes, o menor falou que o pai havia lhe dado e ordenado que vendesse e ao final retornasse com o dinheiro para ele. A confissão não chocou os policiais, tendo em vista que Olício é apontado como aliciador de menores para o tráfico. “Inclusive a gente já tinha informações de que ele estaria utilizando os filhos dele e outros menores para o tráfico de drogas. Então não foi uma surpresa, porque a gente já tinha essa informação. Com a abordagem, confirmamos o fato”, disse o aspirante, pedindo à população que denuncie anonimamente situações semelhantes à de ontem.

“MEU PAI PEDIU”
A criança de 12 anos disse que era a primeira vez que havia saído para vender drogas e confessou que foi a mando do pai. “Ele me deu as drogas, e falou para eu vendê-las e entregar o dinheiro para ele depois. Com meus outros irmãos ele não faz isso, acho que é porque eles pegam drogas com outras pessoas”, relatou.

Olício Mendes Barros chorou ao ser entrevistado. Negou todas as acusações e disse que estava sofrendo perseguição da polícia. “Eles pegaram esse menino (o filho) na outra rua com droga e estão jogando a droga em cima de mim. Não tenho nada a ver com isso. Não sei como ele conseguiu as drogas”, chorou.

O acusado disse que havia acabado de chegar em casa quando foi surpreendido pelos militares e acreditou que estava sendo conduzido para acompanhar o filho apreendido. “Até então eu vim como acompanhante dele. Aí chegou aqui e eles me algemaram, é uma injustiça, eu sou inocente”, defende-se.

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