Cidades

Origem de Timóteo remonta ao século XVII

TIMÓTEO – A história de Timóteo tem seu início no século XVII, quando faiscadores, atraídos pelas riquezas minerais do sertão, se instalaram na margem direita do Rio Piracicaba, afluente do Rio Doce.
Em 1811, o núcleo habitacional (Alegre), por sua importância, é relatado na “ Nova Carta da Capitania de Minas Gerais”, mapa elaborado pelo Barão de Eschwege, quando de suas viagens pelos sertões do Rio Doce.

No dia 11 de setembro de 1831, chega à região o alferes português Francisco de Paula e Silva, instalando-se no lugar conhecido como Ribeirão do Timóteo, segundo consta em Carta de Sesmaria expedida a seu favor em 1832. Por este documento se vê que Timóteo já possuía nome em princípios do século XIX.

TRADIÇÃO
Conta a tradição que Manoel Timóteo foi um “mulato”, dono de uma vendinha localizada na mineração da Lavrinha, em época anterior a 1830 e que se fixou nas margens do Ribeirão Timóteo (nome posteriormente dado com o tempo).

Com a chegada à região do alferes Santa Maria, tem início a abertura de clareiras na mata, a construção da sede daquele que seria um imenso latifúndio, o desenvolvimento da agricultura e da pecuária.
A fazenda do Alegre, como se tornou conhecida, constituiu-se a partir de então, em importante ponto de apoio para as embarcações que subiam e desciam o Piracicaba em direção à Vila Rica ou Vitória.

LEGADO
O alferes Francisco de Paula e Silva foi casado com a filha de tradicional família do Onça (hoje Jaguaraçu), por nome Teodora Umbelina da Cunha. Foram seus filhos e herdeiros o capitão Francisco de Paula e Silva Júnior (Chico Santa Maria), Francisca Carolina Joaquim de Paula e Silva, Maria Teodora Umbelina de Paula e Silva, José Luiz de Paula e Silva, Maria de Paula e Silva, Antônio de Paula e Silva e Emília Rosa de Paula e Silva.

Chico Santa Maria não se casou, vivendo em concubinato com suas escravas. Sua enorme descendência herdou as terras da sesmaria, terras estas que permanecem, ainda hoje e em parte, como legado da família e que, por outro lado, foram também vendidas a particulares como João Lino de Sá, Manoel Lino de Sá, João Malaquias Ferreira, etc.
Antônio Malaquias Ferreira, natural de Caratinga de Joanésia (Mesquita), instala-se na Baixada Grande (Horto Malaquias). Fez a doação de seus bens à Igreja, criando assim o Patrimônio que teria como patrono São Sebastião. O lugarejo passou a ser chamado de São Sebastião do Alegre.

ALEGRE
Nessas terras cresce o povoado de Timóteo, que teria a primeira missa em capela celebrada em 1915 pelo padre João Batista Penido, cura de São José do Grama (Jaguaraçu).

A igrejinha de madeira e telha cumbuca foi construída em 1913 por Manoel Mariano de Abreu (Manoel Bento), Benjamim Vieira, José Cassiano e outros. Em 1918, várias famílias instalaram-se no povoado como as de José Moreira Bowen (José Adão). Aos poucos o lugarejo foi crescendo, passando de povoado à vila, de vila a distrito – pertencente a Antônio Dias que, em 1938 adquiria a faixa de terra a Jaguaraçu que, por sua vez, pertencia a São Domingos do Prata.

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