Negócio da China
O Brasil fechou acordo com a China que viabiliza a exportação de melão para o país asiático. Em contrapartida, os chineses poderão vender pera para o mercado brasileiro. Os atos foram firmados durante Cúpula do Brics, que ocorre em Brasília e divulgados pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, que participou do encontro. Não se pode dizer que seja exatamente um negócio da China, mas é o que temos para hoje na feira dos emergentes. Apoiadores de Bolsonaro ficaram satisfeitos com o escambo. Pelo menos não é melancia: verde por fora e vermelho por dentro.
Surpreendente
Anti-comunista ferrenho, Jair Bolsonaro às vezes surpreende pelo pragmatismo. Na visita à China disse que o País não é comunista, ainda que seja governado pelo Comitê Central do PC Chinês, único partido do país, dirigido com mãos de ferro e com uma economia de características predominantemente socialistas. “Os acordos assinados e os protocolos de intenção serão potencializados por nós para o bem dos nossos povos. A China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil“, disse o presidente Jair Bolsonaro.
Então, porque essa implicância com Cuba e Venezuela? Se é pra ser comunista, melhor pegar a experiência dos vizinhos.
Sabotagem I
É notório que a interrupção do abastecimento de água pela Copasa nas cidades do Vale do Aço ocorre com uma freqüência absurda, dia sim, outro também, falta água numa rua ou num bairro. Ocorria antes do blecaute da Cemig na semana passada e continua ocorrendo. Mas, a justificativa da concessionária para a falta d’água continua sendo as interrupções de energia da Cemig. O argumento tem a mesma profundidade do Piracicaba nestes tempos de seca. Está abaixo da linha da pobreza intelectual e do convencimento. Além de tudo, acham que o cidadão, usuário que paga caro pelo serviço, é idiota.
Falta água e respeito nesta relação.
Sabotagem II
Diante da insistência da Copasa em seu argumento chinfrim, teóricos da conspiração acreditam que seja uma jogada do governo do Estado para minar a credibilidade da Cemig antes de colocá-la à venda, justificando sua privatização pela má qualidade dos serviços prestados. Se for por esse caminho, a Copasa pode ser entregue de graça.
Golpismo
Depois de abestados com a liberdade de Lula, os bolsonaristas ficaram tão felizes com a renúncia de Evo Morales na Bolívia que resolveram tomar a Embaixada da Venezuela em Brasília. E contam com o apoio ou no mínimo a omissão do governo Bolsonaro em sua “ação terrorista”. Se fosse em Teerã teriam que se ver com as forças especiais dos EUA. Esse Eduardo Bolsonaro, principal estimulador desse tipo de coisa, tá vendo filme de ação demais, tá não?
FRASE
“Eu disse a um amigo na semana passada: ‘alguém notaria se não houvesse reunião do Brics?'”
Do economista britânico Jim O’Neill que em um relatório do banco Goldman Sachs criou o termo Brics, nesta quarta (13), em declaração à BBC News em Londres.
