Cultura

O meio ambiente está gritando por socorro

(*) Walber Gonçalves de Souza

Vivemos a era da tecnologia, da informática… O mundo não se aquieta, as evoluções e revoluções ocorrem na velocidade da luz. Entretanto, até hoje o ser humano ainda não conseguiu perceber a importância da natureza que continuamente sofre as agressões e o repúdio egoísta dos seres racionais.

O ser humano lida de uma forma predatória e inconsequente com as questões ambientais. Praticamente, em todo o processo de aglomeração de indivíduos, na maioria desorganizadamente, o grande malefício é depositado na natureza. Ela é obrigada a absorver toda e qualquer ação humana.

Em pleno século XXI a discussão sobre a importância dos cuidados com o meio ambiente já deveria estar ultrapassada. Viver sustentavelmente deveria fazer parte da nossa rotina, mas infelizmente não é isto que vemos. Aos poucos estamos poluindo tudo, dizimando nossa própria fonte de existência.

As águas que consumimos repletas de cloro, o ar de diversos poluentes, na maioria tóxicos para a respiração humana e as terras tornando-se inférteis ou contaminadas por agrotóxicos. E nós no meio disto tudo, vendo as coisas acontecerem, reclamando na maioria dos casos e inertes, como se os problemas também não fossem nossos.

A importância da natureza em nossas vidas é indizível, sem ela com certeza não existiria vida sobre a Terra, os humanos, acredito eu, entrariam em extinção. No equilíbrio ambiental encontra-se a perpetuação da vida, a manutenção da própria espécie com qualidade de vida.

Imaginemos um caso hipotético: como seria o planeta, se neste instante, por um toque de mágica todo os humanos desaparecessem? Agora, pensemos o contrário, o que seria dos seres humanos se todos os animais e plantas, pelo mesmo toque de mágica, simplesmente sumissem? Acredito que o planeta não sentiria nenhuma falta nossa, já o contrário não diria o mesmo. Ou você, que está lendo este texto, pensa diferente?

Claro que não quero ser fatalista, mas precisamos repensar nossa relação com as questões ambientais. Ter conforto proveniente das conquistas e avanços tecnológicos é algo que todos nós queremos, todavia torna-se urgente pensar em formas alternativas para continuar vivendo assim. Alimentar uma cadeia de consumismo que mais parece uma bomba relógio planetária não deveria ser uma ação de um ser pensante, que se diz racional.

É um dever de todos nós, idosos, adultos, jovens e crianças, proteger a natureza. É preciso reverter este quadro de insanidade ambiental. Precisamos assumir a responsabilidade e a consciência da transmissão, para outras gerações, de um mundo mais sadio, equilibrado, portanto de um mundo voltado para uma educação onde as crianças sintam o prazer e a necessidade da preservação do próprio planeta, nossa casa comum.

É preciso saber e querer cuidar da natureza, na mesma proporção que ela sabe cuidar de cada um de nós.

(*) Walber Gonçalves de Souza é professor e escritor.

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