Policia

Novo delegado promete estreitar laços com a PM

“Quero frisar que pretendo ser parceiro da PM”, disse o novo delegado regional    (Crédito: Portal Caparaó)

 

IPATINGA – O novo delegado Regional da Polícia Civil de Ipatinga, Gilberto Simão, deverá tomar posse na próxima semana. O policial deixa a Segunda Delegacia de Polícia Civil de Caratinga para exercer o cargo pela primeira vez no Vale do Aço, no lugar do delegado Alexsander Esteves, que assumiu interinamente a função após o afastamento do ex-delegado de polícia João Xingó de Oliveira.
O delegado esteve em Ipatinga na última sexta-feira (18) para uma reunião com o chefe do 12º Departamento da Polícia Civil, Walter Felisberto. Em entrevista à reportagem, o delegado falou que uma das prioridades será restabelecer o convívio com a Polícia Militar e traçar a geografia criminal da região com o objetivo de combater a criminalidade. Confira a entrevista.

DIÁRIO POPULAR
– Como foi para o senhor a confirmação de que iria assumir a titularidade da 1ª DRPC?
GILBERTO SIMÃO – Para mim foi um satisfação, mas não deixa de ser muita responsabilidade, considerando que a regional de Ipatinga tem suas peculiaridades. O Estado tem uma preocupação muito grande com a segurança pública e nós tivemos uma alta de homicídios muito alarmante em todo Estado. É interesse do governo tentar diminuir esses índices. Eu entendo a responsabilidade de vir para Ipatinga e eu vou ser cobrado por isso. Mas não pretendo trabalhar sozinho. Quero trabalhar com a Polícia Militar, Ministério Público, Poder Judiciário. Nós vamos reestruturar a geografia criminal da região e, com esse estudo em mãos, vamos acionar a Polícia Militar. E quero frisar isso, que pretendo ser parceiro com a PM, trabalhando com integração.

DP – Recentemente, a Regional de Ipatinga foi envolvida em um suposto esquema de corrupção. Como o senhor pretende apagar essa imagem da instituição?

GS – O fato que ocorreu não manchou toda a história da Polícia Civil. E se as denúncias ficarem realmente comprovadas, é preciso trabalhar a aproximação com a sociedade para que a população possa saber que pode contar com a polícia. Essa é a nossa expectativa: conseguir a confiança da sociedade e, claro, trabalhar com as informações que a própria sociedade irá nos passar. Eu sempre digo o seguinte: polícia que não tem informação não consegue trabalhar e quem passa essas informações quase em 100% é a população.

DP – Que rumo tomaram as investigações dos corpos dos quatro menores encontrados em Revés do Belém, que ainda hoje não se tem uma resposta?

GS
– Este caso é extremamente complexo, porque todos os envolvidos são de Ipatinga e nós não temos pessoal suficiente para apurar um caso de alta complexidade. E nós já pedimos ao chefe da polícia para encaminhar o caso à Delegacia de Homicídios em Belo Horizonte, especializada para isso. E é o que foi feito. Mas até hoje não tive retorno das investigações.

DP – Recentemente nós tivemos um caso semelhante em Santana do Paraíso. O caso já está nas mãos da Corregedoria da Polícia Civil. O senhor pretende se inteirar do assunto e pedir respostas?

GS – O que nós podemos ajudar com relação a isso é prestar auxílio com informações. Agora eu não tenho dúvidas de que eles sejam capazes de apurar isso. Nós queremos e vamos procurar saber como andam as investigações. Porque a própria polícia quer desvendar isso para tirar qualquer tipo de dúvida sobre o caso, se realmente teve participação de policiais civis.

DP
– Sobre a criminalidade em Coronel Fabriciano…

GS – Eu já tenho conhecimento e já estou procurando algumas informações com o comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, Francisco Assis. E é exatamente isso: vamos procurar a Polícia Militar, reunir informações e trocar ideias a fim de se chegar a um resultado e diminuir esse índice de criminalidade na cidade.

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