Cidades

Nascimento não é mais candidato

O ex-prefeito Geraldo Nascimento desistiu de concorrer ao cargo de prefeito em Timóteo

 

TIMÓTEO – O ex-prefeito Geraldo Nascimento (Psol) anunciou no final da tarde de ontem (20) a sua desistência de concorrer às eleições municipais de Timóteo. Ele era o cabeça de chapa da coligação ‘União de Forças’, juntamente com Edmilson Sperancini (PMN) no cargo de vice.
O documento com a renúncia da dobradinha Psol X PNM foi protocolado separadamente no Cartório Eleitoral. O primeiro pedido foi o de Nascimento, feito por uma assessora de campanha. Já o de Sperancini foi entregue à Justiça Eleitoral no início da noite.
A desistência do ex-prefeito foi deferida ontem mesmo pelo juiz eleitoral José Augusto Lourenço dos Santos, e encaminhada para publicação junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
Segundo apurou a reportagem, os motivos apresentados por Nascimento para abandonar a disputa foram problemas financeiros para a manutenção da campanha eleitoral e motivos pessoais.
Apesar de estar oficialmente fora da disputa eleitoral, o ex-prefeito prometeu continuar o corpo a corpo junto aos candidatos a vereadores da coligação. Geraldo Nascimento não quis gravar entrevistas e disse que vai se pronunciar sobre o assunto apenas nesta sexta-feira (21).

REGISTRO

Um dos motivos não declarados que também pode ter pesado na decisão de Geraldo Nascimento foi o indeferimento do registro da candidatura do ex-prefeito, na primeira e segunda instâncias da Justiça Eleitoral.
O ex-prefeito sofreu uma Ação de Impugnação de Registro de Candidatura proposta pelo Ministério Público Eleitoral, em razão de uma condenação de improbidade administrativa e rejeição de contas nos anos de 1989 e 1990, quando exerceu o cargo de prefeito do município.
O indeferimento na Justiça Eleitoral de Timóteo ocorreu em 1º de agosto. Os advogados do ex-prefeito recorreram ao TRE por meio de um recurso e novamente perderam. A corte eleitoral manteve a cassação do registro de Nascimento, em julgamento ocorrido no dia 23 de agosto. Nascimento também não obteve sucesso nos embargos de declaração, outro recurso julgado no âmbito do TRE. Agora, a opção do ex-prefeito era recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

APOIO AO PT
Há pouco mais de 10 dias, o ex-prefeito Geraldo Nascimento sinalizou uma aliança com Keisson Drumond (PT) e Renato Martins (PMDB), candidatos pela coligação ‘Trabalho e Cidadania’.
O aperto de mãos entre os candidatos aconteceu dentro da casa do Partido dos Trabalhadores, no bairro dos Funcionários. Na ocasião, foi entregue pelo então candidato do Psol um documento intitulado “Pacto por um governo democrático-popular Geraldo Nascimento e Keisson juntos para Timóteo voltar a crescer”.
A carta aberta assinada pelo ex-prefeito ressaltava os pontos de convergência entre seu plano de governo com as proposta do Partido dos Trabalhadores. Geraldo Nascimento declarou que o ato público poderia ser interpretado com uma convergência de propostas.

GOVERNO MENDES
Além de afirmar que caminhava em lado comum a Keisson, o ex-prefeito fez uma série de críticas à gestão do atual prefeito Sérgio Mendes (PSB), a quem denominou de ‘inimigo comum’.
A carta mencionou a queda na receita municipal e o crescimento dos problemas sociais, como consequência da crise mundial. Nascimento afirmou que a Administração Municipal respondia com silêncio aos problemas vividos em Timóteo.
O documento mencionou ainda a interferência direta do deputado federal e secretário extraordinário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira (PSD), no processo político de Timóteo, a que denominou de ‘uma política de terra arrasada’, evocando os problemas vividos pelo município de Ipatinga.


Vice-presidente do Psol diz que apoia Keisson
Timóteo
– O vice-presidente do diretório municipal do Psol em Timóteo, Paulo Abreu, afirmou na noite de ontem que é o sucessor legítimo de Geraldo Nascimento na vaga de candidato a prefeito pelo partido. A decisão consta na ata de convenção do partido, fechada no dia 30 de julho, mesmo documento em que foram definidas as coligações proporcionais e majoritária do Psol com o PMN. No entanto, ele afirmou que “está abrindo mão da posição para apoiar Keisson Drumond”. “Foi deliberado em convenção que, no caso de desistência do candidato a prefeito, eu seria o sucessor da candidatura. Mas estou abrindo mão desse direito para apoiar Keisson Drumond”, afirmou o vice-presidente.
Paulo acrescentou que o partido ficou fragilizado com a desistência de Nascimento, por isso não há um ato formal costurado nos bastidores para que o Psol ou o ex-prefeito declarem oficialmente apoio ao projeto político do Partido dos Trabalhadores.
“Agora não é o momento de adicionar apoios. Vou trabalhar informalmente em prol da campanha de Keisson”, declarou.

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com