Cultura

Nardyello salienta papel da cultura nos 25 anos de Instituto Usiminas

IPATINGA – “Conta-se que, certo dia, perguntaram a um grande líder mundial com quantos soldados ele pretendia fazer a revolução, ao que ele respondeu que a verdadeira revolução não se faz com soldados, mas com agentes culturais e professores. Nós que conhecemos e vivenciamos muitos dos capítulos da história de Ipatinga, já que também somos nascidos nesta cidade, sabemos bem o quanto este organismo representa para o nosso desenvolvimento, a valorização da nossa gente e o bem-estar da população. Existe, de fato, um antes e um depois do Instituto Cultural Usiminas”.

As palavras foram ditas pelo prefeito Nardyello Rocha, em seu pronunciamento como convidado especial nas festividades de comemoração dos 25 anos do Instituto Cultural Usiminas, na quinta-feira (29). A cerimônia marcou também a oficialização do reposicionamento da instituição, que agora passa a ser chamada de Instituto Usiminas, com ampliação de sua atuação nos princípios da responsabilidade social.

Yuichi Akiama (presidente da Nippon Steel no Brasil), Sérgio Leite (presidente da Usiminas), a cantora Fernanda Takai, o prefeito Nardyello Rocha e Antônio Mendes, membro do Conselho de Administração da Usiminas

PACIFICAÇÃO

O Executivo do município aproveitou ainda a ocasião para enfatizar o papel importante do presidente da Usiminas, Sérgio Leite, para pacificação dos conflitos societários na siderúrgica e o estabelecimento de uma relação mais produtiva e conciliatória entre representantes do grupo ítalo-argentino Ternium e os japoneses da Nippon Steel & Sumitomo Metal. “Guerra só é boa pra quem vende armas. Estamos felizes porque a unidade, o diálogo e o entendimento na gestão da empresa representam melhores perspectivas de crescimento e sucesso, e toda a cidade se beneficia juntamente”, comentou.

Embora otimista quanto ao ano de 2019, Nardyello também registrou as incontornáveis limitações impostas à sua gestão em 2018, em função de retenções de recursos pelo Governo do Estado que já chegam a R$ 110 milhões, provocando grande rombo no orçamento municipal.

 

MELHORES PERSPECTIVAS

A fala do prefeito foi precedida de um pronunciamento do presidente da Usiminas, Sérgio Leite, que além de ressaltar as inúmeras contribuições do Instituto para a sociedade regional, com investimentos de quase R$ 330 milhões em mais de 2.000 projetos desde a sua fundação, relembrou as dificuldades vencidas pela siderúrgica nos últimos anos até se direcionar por um caminho de melhores perspectivas: “Na primeira metade dos últimos cinco anos, o país experimentou uma das maiores recessões da sua história. Na segunda metade, conseguiu sair dela, mas ainda não decolou em desenvolvimento. Em 2018, ainda temos um tímido crescimento do PIB na casa de 1,38%. Acreditamos que o Brasil subirá a um novo patamar em 2019, alcançando 3%, mas com ventos positivos soprando na política e na economia, poderemos sonhar com o nível de 5% ao ano, o que nos faria reencontrar o passado de boas lembranças da década de 70”, avaliou.

 

REVITALIZAÇÃO

Influenciada diretamente por esse ambiente conjuntural desfavorável, conforme Leite, a Usiminas passou por um período de extrema dificuldade, mas agora se encaminha para a revitalização e uma maior participação na comunidade em todos os segmentos, depois de alcançar nos primeiros nove meses de 2018 os melhores resultados dos últimos oito anos. “Os desafios ainda são muito grandes, mas certamente serão superados com o trabalho diário de toda a equipe, com o alcance de metas de agregação de valor e inovação nos negócios”, sintetizou.

 

ATRAÇÕES ARTÍSTICAS

Para abrilhantar as festividades dos 25 anos do Instituto Cultural Usiminas, agora Instituto Usiminas, esteve presente a cantora Fernanda Takai, encantando a plateia com músicas do novo disco, “O Tom da Takai”, uma produção de Roberto Menescal e Marcos Valle em que são revisitados sucessos de Tom Jobim marcando os 60 anos da Bossa Nova.  Nascida em Serra do Navio, Amapá, Fernanda, formada também em Relações Públicas pela UFMG, vive desde os nove anos em Belo Horizonte, e é casada com o produtor musical John Ulhoa, da banda mineira Pato Fú, que ela integra como vocalista. Entre um e outro número executados, a cantora lembrou que seus avós paternos eram japoneses, entendendo inclusive que esta teria sido uma das razões para receber o convite para se apresentar na festa. Depois de cantar, e até transmitir algumas mensagens no idioma oriental, ela participou juntamente com os convidados e autoridades de um coquetel que foi servido no foyer do Centro Cultural Usiminas.

Outra atração foi a capitã da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica, a catarinense Jéssica Maier, com uma performance também muito aplaudida.

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