Cultura

Museu da Cachaça é inaugurado em Minas

Projetado pela arquiteta Jô Vasconcelos, o Museu da Cachaça está instalado em um terreno de mais de 13 mil metros quadrados         (Crédito: Wellington Pedro)


BH
– Foi inaugurado nesta quinta-feira (20) o Museu da Cachaça, o mais importante aparelho cultural da região, que abriga, além do museu, um centro cultural e área de convivência. O novo espaço cultural recebeu o nome do ex-deputado Aécio Ferreira Cunha (1927-2010), pai do senador Aécio Neves, responsável por dar início ao projeto, em 2006. O Museu é fruto da parceria entre o Governo de Minas, que investiu cerca de R$ 4,5 milhões no equipamento, que vai gerar 20 empregos diretos e cerca de 100 indiretos, e a Prefeitura de Salinas, que doou o terreno de 13 mil metros quadrados. O Museu da Cachaça funcionará de quarta-feira a domingo, de 9 às 19 horas, no bairro Casa Blanca, com entrada gratuita.

DESTAQUE INTERNACIONAL
Entre suas propostas de atuação, estão a difusão do conhecimento sobre a produção da cachaça como bem patrimonial da comunidade local e do Estado, assim como a promoção e a preservação de todo o patrimônio da cadeia produtiva do produto genuinamente brasileiro.

Além disso, serão promovidas ações educativas para o público escolar e comunidade em geral sobre o consumo responsável da bebida e os processos de produção e de circulação. Também o setor turístico será valorizado ao atrair para a cidade público variado: empresarial, pedagógico, cultural, local, regional, nacional e internacional.

A secretária Eliane Parreiras lembrou que o Museu da Cachaça já nasce com a perspectiva de divulgação internacional, já que a cachaça artesanal de Salinas será um dos destaques de Minas, que representará o Brasil no Madrid Fusión, principal evento de gastronomia do mundo, a ser realizado em janeiro, na Espanha.

O MUSEU
Projetado pela arquiteta Jô Vasconcelos, o Museu da Cachaça está instalado em um terreno de 13.120m², sendo 2.200m² de área construída, 1.250m² de área expositiva, 2.500m² de espaço de convivência e 950m² de espaços administrativos.

Os ambientes foram criados com base em dois conceitos. O primeiro é o socioeconômico, no qual a cachaça artesanal está retratada em aspectos de produção, circulação e consumo, gerando uma visão antropológica do produto. O segundo é sociocultural, em que a bebida é fruto do imaginário coletivo, unindo grupos sociais por meio de seu uso.
A proposta museológica está distribuída entre as nove salas – Hall de Entrada, Sala dos Canaviais, Sala das Garrafas, Sala do Engenho, Sala do Moinho, Sala do Aroma, Sala Multiuso, Sala de Terra Batida, Sala de Depoimentos.

Terminada a parte museografada, o Museu da Cachaça ainda oferecerá aos visitantes biblioteca, brinquedoteca, restaurante, área de ação educativa e de degustação de cachaça. Na parte externa, terá um palco para shows e eventos, teatro de arena e três fornos para a queima de cerâmica.

SALINAS
Segundo a Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (Apacs), a microrregião de Salinas possui cerca de 30 produtores, responsável pela fabricação de 5 milhões litros/ano e a geração de 2 mil empregos diretos no período da safra. A cachaça de Salinas é comercializada através de mais de 50 marcas, incluindo a Havana. O principal mercado é o nacional.

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