Cidades

Moradores reclamam falta de transporte escolar no Cocais

FABRICIANO – Outro problema no âmbito da Administração Municipal de Coronel Fabriciano foi descoberto esta semana pelos vereadores da Câmara Municipal. A falta do transporte escolar dos alunos do Cocais dos Arrudas que estudam na Escola Estadual Professor Pedro Calmon, no Centro da cidade.

O morador do Cocais, Yuri Arruda, fez uma postagem no seu perfil do Facebook denunciando o caso, na qual marcou o vereador Marcos da Luz (PT), entre outros. Na tarde de ontem o post já possuía centenas de compartilhamentos e comentários com várias críticas a atual gestão fabricianense, demonstrando a indignação da população. A postagem, então, passou a ser “monitorada” pela equipe do governo tucano (foto).

 

SEM CONTRATO

Segundo a denúncia, desde o início do ano letivo os adolescentes estão sem assistir aulas porque a atual Administração “não contratou a empresa de ônibus e os alunos estão todos prejudicados com isso”. “Autoridades, tomem uma iniciativa sobre esse problema gravíssimo. Onde ficam os direitos à educação para os alunos?”, questionou.

Em outra mensagem recebida diretamente pelo vereador no whatsapp os moradores cobram uma solução da Prefeitura: “Nós, moradores do Cocais e pais de alunos, estamos preocupados com a falta de transporte escolar, pois não tem ônibus desde quando começaram as aulas de 2019. E nossos filhos estão sem aulas”.

Marcos da Luz salientou que, apesar da escola Pedro Calmon ser estadual, o Estado repassa ao Município os recursos do Programa Estadual de Transporte Escolar, não havendo nenhuma desculpa que justifique a conduta da atual Administração Municipal. De acordo com ele, os alunos do Cocais estão sendo prejudicados pela paralisação do transporte escolar em razão de uma irresponsabilidade do gestor local.

 

Contrato “cobertor” de R$ 6 milhões

 

O vereador Marcos da Luz obteve a informação que a Prefeitura quis contratar uma empresa local usando um contrato “cobertor” nº 321/18, feito através de Adesão à Ata nº 016/18 com a Sudeste Brasil Cooperativa de Transportes, de Belo Horizonte, que mantém contrato com o Município, cujo valor total é de R$ 6.053.910,84.

Pelo esquema, existe a suspeita que o Município paga a Sudeste Brasil um valor “X”, que, por seu turno, explora os prestadores de serviço locais, exigindo um valor menor pelo transporte prestado, buscando maior vantagem econômica no negócio.

Marcos da Luz enfatizou que está analisando mecanismos para acionar o Ministério Público para a garantia do direito de transporte aos alunos da rede estadual que residem no Cocais dos Arrudas e a fim de averiguar a situação do contrato de transporte do Município.

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