Cultura

Minas oferece condições ideais para a produção de queijos e chocolates

BH – Investimentos da indústria de queijos e chocolates especiais têm contribuído para diversificar a economia mineira dentro da tradicional cadeia produtiva do leite. A disponibilidade e a qualidade da matéria-prima, aliadas ao clima adequado e à especialização da mão de obra em Minas Gerais atraem aportes de empresários do setor. “As indústrias têm evoluído significativamente na produção de produtos finos, com característica artesanal, de alto valor agregado, vendendo internamente e em várias regiões do Brasil, chegando, algumas, a exportar parte da produção”, enfatiza o subsecretário de Indústria, Comércio e Serviços da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Marco Antonio Rodrigues. “A qualidade final do produto é um ponto de destaque e alcança preços diferenciados que garantem ao segmento produtivo de chocolates e queijos finos mercados cada vez mais interessantes, elevando a demanda de produção das empresas”, acrescenta o subsecretário.

CRUZÍLIA

A cidade de Cruzília, no Sul do Estado, é um dos polos produtores de queijos nobres em Minas. Os moradores da região foram influenciados pela escola dinamarquesa de queijos. Entres eles, está o empresário Luiz Sergio Medeiros de Almeida, um dos sócios proprietários da Laticínios Cruzília, líder, pelo terceiro ano consecutivo, no ranking nacional de produtos lácteos. De acordo com Luiz Sergio, os queijos especiais já eram feitos na região pelos dinamarqueses. “Meu pai vendia somente queijo prato e mussarela no mercado municipal de São Paulo e o convenci a produzir outros tipos que já tínhamos na região. Hoje, vendemos para todo o país”, lembra.

Em 1990, a empresa consumia cerca de 400 litros de leite dia. Hoje, são gastos cerca de 40 mil litros diários para produzir queijos gorgonzola, brie, emmental, parmesão, rocambole, gouda, gruyère, camembert e coalho, que são fornecidos para os melhores hotéis, bares, restaurantes e supermercados de todo o país. Também de origem mineira, a Tirolez possui três das suas cinco fábricas em Minas, nas cidades de Tiros, Arapuá e Quintinos, todas no Alto Paranaíba. “Além do estado já ter uma reconhecida qualidade do leite, Minas Gerais é especialmente importante para a Tirolez por ser o estado de origem da marca”, enaltece a gerente de marketing da Tirolez, Gabriela Colombo. Em suas três unidades em Minas, a Tirolez produz queijos gruyére, provolone, emental, coalho, gorgonzola, parmesão, estepe, gouda, e edam, além da linha de produtos tradicionais, como manteiga, requeijão e queijo Minas Padrão.

CHOCOLATE

O grupo CRM, que representa marcas como a Kopenhagem, destinou R$ 100 milhões para a construção de sua planta em Poços de Caldas, onde já estava instalada uma das duas fábricas da italiana Ferrero Rocher no Brasil. Além da qualidade do leite, Minas Gerais destaca-se também por ser o maior produtor do país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2012 foram produzidos cerca de 8,8 bilhões de litros, o que representa 27% do total no Brasil. “Grande parte está relacionada à questão da disponibilidade. Temos facilidade de encontrar produtos para o processamento. Em qualquer município de Minas temos produtores que produzem com qualidade”, completa Elmer.

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