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Milhares saem às ruas nos EUA protestando contra Trump

(Créditos: Reuters)

NY – Milhares de manifestantes continuam ocupando praças públicas, parques e ruas de Nova York, Chicago, Los Angeles e Portland, a maior cidade do estado de Oregon. Os protestos ocorreram pela quinta noite seguida. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra as políticas anunciadas pelo empresário do ramo imobiliário Donald Trump, do Partido Republicano, eleito terça-feira, 8 de novembro, para a Presidência dos Estados Unidos, em um surpreendente pleito. Um dia antes da eleição, as pesquisas davam como vitoriosa a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton.

NÃO ME REPRESENTA
Erguendo cartazes como “Trump não é nosso presidente”, “Putin ganhou”, pessoas de todas as idades marcharam em direção aos centros das cidades. Em Nova York, os manifestantes caminharam da Union Square até o Trump Tower, o quartel-general dos negócios de Donald Trump. No local, filhos de imigrantes, pais com bebês nas costas, pessoas que se identificavam como transgêneros e estudantes entoavam – de maneira pacífica – hinos de repúdio às políticas de Trump. A maioria das pessoas diz em entrevistas que os protestos não vão mudar o resultado das eleições. Elas afirmam, porém, que querem passar uma mensagem que estão em desacordo com as propostas do novo presidente.

Ainda em Nova York, os manifestantes gritaram refrãos contra as políticas do novo presidente. Um dos cartazes, no meio da multidão, dizia: “O ódio não nos fará grandes”. Na Filadélfia, os manifestantes gritaram palavras de ordem a favor da democracia e carrregaram cartazes com os dizeres: “Donald Trump tem de ir”.

Em Los Angeles, os manifestantes se reuniram nas proximidades da sede local da rede de televisão CNN e, em San Francisco, 8 mil pessoas marcharam pelo centro da cidade cantando “O amor supera o ódio”. Em Oregon, a polícia informou que prendeu 71 pessoas no início do domingo durante os protestos contra Trump em Portland, a maior cidade do estado. Os manifestantes foram acusados de “má conduta” pela polícia.

Em Chicago, os protestos ocorreram na região central da cidade, mas os manifestantes não conseguiram chegar próximo à Torre de Trump, prédio de propriedade do presidente eleito. A polícia ergueu barreiras para impedir que os manifestantes chegassem ao local.

VIOLÊNCIA
Em Portland, porém, atos de violência voltaram a ocorrer obrigando a polícia a dar repetidos avisos – sem êxito – para que os manifestantes voltassem para casa. Os protestos na cidade – que estão se repetindo todas as noites – foram classificados de motim, pela polícia, depois que parte dos participantes dos protestos depredou lojas comerciais e prédios públicos. Dois jovens foram presos. Uma pessoa está hospitalizada após ser atingida por um tiro em um protesto na noite anterior (sexta-feira).

O prefeito de Portland, Charlie Hales, disse que a cidade está passando por uma “grande agitação” desde terça-feira (8) à noite, quando saíram os primeiros resultados das eleições presidenciais. Hales sugeriu aos manifestantes que, em vez de saírem às ruas, participem de encontros de organizações independentes visando a planejar políticas e propostas para as próximas eleições.

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