A demanda de aço no setor automotivo, principal consumidor, vai cair ainda mais: produção reduziu em 19% (Crédito: Arquivo DP)
IPATINGA – A indústria automotiva, consumidora de cerca de 1/3 do aço vendido internamente pela Usiminas, anunciou números que dão a dimensão da crise. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de veículos teve queda de 19% nos cinco primeiros meses do ano, com 1,09 milhão de veículos, o volume mais baixo em oito anos. Já a produção de máquinas agrícolas, outro importante mercado da Usiminas, teve uma queda ainda maior: 23% no período.
Diante dos números, a Anfavea refez a previsão de produção para o ano de 2015 com queda de 17,8%. A previsão inicial era de recuo de 10%. Em face deste cenário, a indústria automotiva teve que demitir 6300 trabalhadores nesses cinco primeiros meses deste ano, sendo 1380 só em maio.
DISTRIBUIÇÃO
Outro mercado estratégico para a Usiminas é o de distribuição de aço. De acordo com o Instituto Nacional dos Distribuidores do Aço (Inda), nos primeiros quatro meses do ano, o setor registrou recuo de 16,4% nas vendas em relação ao mesmo período de 2014. Com as vendas em queda, a rede de distribuição também teve que reduzir a compra de aço das siderúrgicas em quase 10% no período.
Retração semelhante ocorre no setor de eletrodomésticos, a chamada linha branca, também consumidora do aço Usiminas. A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) divulgou que, no 1º trimestre deste ano, o número de unidades comercializadas da linha branca no País recuou 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
