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Mercado brasileiro se apoia na informalidade e ajuda a derrubar a produtividade brasileira

A retomada do mercado de trabalho deve ser lenta e apoiada principalmente no setor informal da economia. A conclusão é do Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente pelo Banco Central (BC).

BRASÍLIA – O relatório do BC divulgou dois estudos sobre o mercado de trabalho. Em um deles, o BC concluiu que “o processo de recuperação do mercado de trabalho observado nos últimos anos tem se apoiado primordialmente no setor informal, diferentemente do que foi observado no ciclo de expansão que precedeu a última recessão”.

UBER

O diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, afirmou que o avanço da tecnologia, como desenvolvimento por exemplo de aplicativos como do Uber, estimula o setor informal. “Essa recuperação no mercado de trabalho tem se dado por um aumento relativo do setor informal. Uma das atividades é transportes como Uber e outros aplicativos”.

DESVALORIZAÇÃO 

Em condições normais, quando uma economia cresce e gera empregos – situação que, apesar de toda a crise, vem sendo observada no Brasil –, há mais investimentos em inovação, equipamentos, capacitação, e a produtividade aumenta. Ou seja, cada trabalhador consegue produzir mais com menos horas trabalhadas. Mas o que vem ocorrendo é exatamente o contrário.

O País tem hoje 38,8 milhões de trabalhadores na informalidade, um número recorde, equivalente a 41,4% da força de trabalho. As vagas geradas entre 2018 e 2019, quase todas informais, pagam menos e são menos produtivas, com características de “bicos temporários”, como empregadas domésticas, vendedores a domicílio, entregadores de aplicativos e vendedores ambulantes.

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