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Maníaco da Bolsa é considerado incapaz pela Justiça de Ipatinga

(Crédito: Arquivo DP)

 

IPATINGA – O Poder Judiciário ipatinguense considerou semi-imputável o homem conhecido como “Maníaco da Bolsa”, Marquês Alves dos Santos, 38 anos, preso no ano passado após 12 anos foragido da justiça. Ele é acusado de uma sequência de roubos e estupros em Ipatinga no final da década de 90.

A homologação do laudo pericial foi feita na última segunda-feira (3). A Justiça entendeu que o réu não era inteiramente capaz de entender a gravidade de um dos crimes pelos quais responde. Marquês tem 27 processos, entre estupro e roubos, que tramitam na comarca de Ipatinga.

Marquês está preso na Bahia em uma unidade prisional de Feira de Santana e deverá retornar ao Vale do Aço no dia 13 de janeiro do ano que vem para uma audiência de julgamento e instrução na 2ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga.

IMPLICAÇÕES
Como o réu foi considerado semi-imputável, se condenado, a pena será mais leve, isto porque a justiça leva em conta que o acusado tem algum discernimento, porém, é incapaz de entender a gravidade do crime no momento em que ele está sendo cometido. Além deste processo, outros também estão suspensos, aguardando o laudo de insanidade mental do acusado.

PRISÃO
Marquês foi preso no dia 29 de agosto e apresentado no dia 04 de setembro do ano passado pela Polícia Civil de Ipatinga. Ele era foragido da Justiça e foi acusado de uma série de roubos e atentados sexuais contra mulheres nos bairros Horto, Bom Retiro, Bela Vista e Cariru no final da década de 90, quando ficou conhecido como o “Maníaco da Bolsa”.

Na época, os trabalhos de investigação sobre o paradeiro do foragido duraram cerca de quatro meses e foram desenvolvidos por uma equipe da Delegacia Regional de Ipatinga, chefiada pela delegada regional Irene Franco. Uma equipe de policiais civis, comandada pelo delegado de Timóteo Gilmaro Alves, foi designada para ir até a capital baiana para localizar e prender o fugitivo, que foi trazido para o Vale do Aço.

ESTUPROS
Marquês é natural do município baiano de Paulo Afonso, mudou-se com a família para Minas Gerais ainda na infância. Em 1999, se tornou conhecido como o maníaco que atacava mulheres em áreas nobres de Ipatinga e, utilizando de força física e armas brancas, agredia suas vítimas e tomava suas bolsas e objetos de valor. Em alguns casos, também atentava sexualmente contra as mulheres. Segundo as investigações da época, o bandido agia com intensa violência e demonstrava prazer no sofrimento das mulheres.

Estima-se que, somados todos os seus crimes, a sua condenação possa ultrapassar os 120 anos de prisão.
Ao todo, foram oito roubos, três tentativas de estupro com roubo, um estupro tentado e um estupro consumado. Todos os crimes foram cometidos entre os meses de fevereiro e junho de 1999. Até sua captura, na quinta-feira, possuía dez mandados de prisão em aberto, relativos a 12 processos diferentes, além de uma condenação de nove anos e quatro meses pelo crime de estupro.

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