Policia

Mais um policial civil é preso em Ipatinga

DA REDAÇÃO – Em cumprimento a mandado de prisão temporária expedida pela Justiça, a Corregedoria Geral prendeu na tarde desta terça-feira (23), um policial civil suspeito de envolvimento nos crimes em apuração em Ipatinga e outras cidades do Vale do Aço. Conforme o comunicado, assim como no caso dos outros dois policiais detidos na última sexta-feira, a equipe responsável pelas investigações não pôde revelar em quais dos homicídios esse policial estaria envolvido.

Um dos dois detidos na semana passada já foi ouvido por um dos delegados responsáveis pelos inquéritos. O outro será interrogado assim que as apurações indicarem essa necessidade. Nesta terça-feira, outros depoimentos foram colhidos pelos delegados, que não revelam detalhes para não prejudicar as investigações.
A corregedoria reafirma que a prisão temporária (que pode ser de 5 ou 30 dias) é um importante instrumento no processo de apuração de crimes, mas o envolvimento ou não dos detidos só é confirmado no momento da conclusão do inquérito, que define os indiciamentos para apreciação do Ministério Público e, em seguida, do Poder Judiciário.

CHACINA
Na última sexta-feira (19), dois policiais civis foram presos também pela corregedoria da Polícia Civil de Belo Horizonte por suspeita de envolvimento em crimes no Vale do Aço. As prisões ocorreram logo após a troca de delegados da 1º Delegacia Regional de Ipatinga e 12º Departamento de Polícia Civil.
As prisões ocorreram em razão da chacina de Revés do Belém, onde corpos de quatro adolescentes, entre 15 de 17 anos de idade, foram encontrados, no dia 30 de outubro de 2011, nus e com perfurações de arma de fogo na nuca, na localidade de Revés de Belém, distrito de Bom Jesus do Galho. O caso ficou conhecido como “Chacina do Revés”, um dos muitos sem solução cobrados pela imprensa local.

 

NOTA OFICIAL

Crimes contra a liberdade de expressão

O Sindicato dos Proprietários de Jornais, Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais – Sindijori/MG, acompanha com atenção a apuração dos assassinatos do radialista e jornalista Rodrigo Neto e do repórter fotográfico Walgney Assis Carvalho, ocorridos recentemente na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. O Sindijori/MG se solidariza com os familiares e amigos de Walgney Carvalho e de Rodrigo Neto e clama por justiça.
Entendemos que o Governo de Minas e o Governo Federal devem somar todos os esforços no sentido de apurar e levar a julgamento os responsáveis por tais crimes, sob pena de serem também responsabilizados por novas ocorrências contra a liberdade de imprensa em Minas Gerais. Consideramos que cabe também ao judiciário acompanhar o desenvolvimento das ações policiais no sentido de coibir a ocorrência de novos crimes e acelerar o julgamento desses e de outros casos que atentam contra a liberdade de expressão em todo o País.

Belo Horizonte, 23 de abril de 2013

Alexandre Wagner da Silva
Presidente do Sindijori em nome de toda a diretoria.

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