Pedro Duda Benedicto
O Hospital Albert Einstein anunciou que vai fazer testes da cloroquina para verificar a sua eficácia no combate ao coronavírus. Portanto, o que estará em teste não é uma vacina, mas apenas um medicamento que pode auxiliar no tratamento do coronavírus.
Com essa informação em mãos, o irresponsável corre para as redes e publica um vídeo falando do remédio que pode ser, segundo ele, a possível cura e, com isso, evitar todo o colapso do sistema de saúde do país. Munido de achismos, Bolsonaro solicitou ao Exército que aumentasse a produção da droga, que, até o momento, como se sabe, não tem resultados comprovados no combate ao coronavírus. Para governo federal, a cloroquina vai salvar a saúde, o grafeno e nióbio vão ajeitar a economia e outras sandices que são repetidas à exaustão por aí.
O presidente em apenas um vídeo curto gasta milhões com algo que não tem a mínima comprovação com o único intuito de mostrar serviço, dada a sua inabilidade crônica para fazer qualquer coisa que não seja falar boçalidades. Mais uma vez, divulga uma fake news ao dizer que o medicamento é uma “possível cura” quando é só uma droga para auxiliar no tratamento, e não vacina. E, por fim, coloca risco a vida de milhares de pessoas que dependem do medicamento, pois divulgar que a droga é eficaz no combate ao coronavírus vai fazer com que as pessoas corram até as farmácias e drogarias para adquiri-la.
Depois da cloroquina, Bolsonaro já deve estar pronto para anunciar a nova medida em sua próxima live, provavelmente uma receita caseira para ajudar no combate do coronavírus. O presidente além de não ajudar em nada, atrapalha quem está trabalhando. Em meio a toda essa crise, ele foi incapaz de dizer estas 3 simples palavras: fiquem em casa.
