Policia

Jurados condenam um e absolvem outro

Arquivo DP

FABRICIANO – Um acusado foi absolvido e outro condenado em um julgamento que durou mais de 17 horas, na quarta-feira (2), no Fórum de Coronel Fabriciano. Fillipe Magno Araújo Gomes e Rerisson Ferreira Barreto da Silva, conhecido como “Ré”, foram julgados pelo assassinato de Daniela Ferreira da Silva, 25 anos, ocorrido no dia 26 de abril de 2012.

Para a surpresa dos advogados de defesa e dos próprios réus, somente Fillipe foi absolvido das acusações, enquanto Rerisson foi condenado a 16 anos e 6 meses de prisão. Nesta quinta-feira (3), o advogado de Rerisson entrou com um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) pedindo a nulidade do julgamento. “Eu acredito que o TJ vá anular a sentença de Fillipe ou de Rerisson. Todos os indícios, as provas e os depoimentos são que os dois cometeram o crime. Não tem nos autos nenhuma parte que leva a entender que um ou outro não estava na cena do assassinato”, disse o advogado de Rerisson, Thiago Xavier.

INOCÊNCIA

Embora o advogado de defesa de Rerisson tenha se baseado em informações contidas nos autos para recorrer na 2ª instância, durante o julgamento o argumento foi de que o seu cliente era inocente. No dia da morte de Daniela, “Ré” estaria trabalhando em Vitória, onde tinha um contrato como ajudante de pedreiro.

A mesma tese (negativa de autoria) foi usada pelo defensor de Fillipe, Bruno Luiz de Souza Silva. Segundo o advogado, Fillipe também estava trabalhando em Vitória, como operador de máquina. No julgamento foi apresentado um cartão de ponto, com a digital de Fillipe, que foi usado para mostrar que não daria para o acusado estar no local do crime. Daniella foi morta por volta de 3h30 da madrugada do dia 26 de abril.

No documento, consta que Fillipe entrou para o trabalho às 19h30 do dia 25 de abril e saiu da empresa às 7h30 do dia 26. “O cartão é de biometria, digital, não tinha nem como falsificar assinatura dele, e ainda tem um relatório da empresa com o carimbo do responsável”, argumentou o advogado.

A DENÚNCIA
Os dois réus foram denunciados igualmente pelo Ministério Público: homicídio triplamente qualificado, motivo fútil, com o fator surpresa e perigo comum resultante dos tiros. Daniella foi assassinada em um beco no Morro Nossa Senhora do Carmo, em Fabriciano. Em depoimentos à polícia e depois ao judiciário, testemunhas contaram que Rerisson e Fillipe chegaram armados e perguntaram a um grupo de pessoas onde estariam Alisson e Charlinho, supostamente envolvidos na morte do irmão de Fillipe. Como não houve resposta, a dupla abriu fogo e Daniella foi atingida e morta.

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