(Crédito: Andressa Moreira)
Quem não dispensa uma boa música não pode deixar de conferir o som marcante do fabricianense Júlio Falcão, que tem movimentado o cenário musical do Vale do Aço ao apresentar releituras de sucessos nacionais e internacionais. Nesta sexta-feira (14), a partir das 21h, o cantor apresenta o melhor da MPB, rock e pop no Relicário, bairro Horto, em Ipatinga. No sábado (15), às 22h, o encontro será no bar Cultura e Cana, bairro Olaria, em Timóteo.
Apaixonado pelo trabalho que desenvolve, de acordo com o cantor o grande poder da música está em sua capacidade de fazer emocionar, de tocar o outro e tocar a si próprio. “A música, além de ser um tipo de arte que me emociona com mais facilidade, ela me eleva. A música tem a capacidade de me tirar daqui e me colocar onde eu quiser, ou onde ela quiser. Poucas coisas me fazem transcender, e a música é uma delas”, comenta o artista.
Júlio Falcão fará interpretações de canções clássicas de bandas como U2, Coldplay, Tears for Fears, Men at Work, Pink Floyd, Led Zepellin e muitos outros. Além do trabalho individual, Júlio Falcão também é músico de outras bandas regionais, como Gran Rock, Lage D’or, Supernova e Dark Side. O estilo do cantor é bem variado, começando pelo rock e passando pelo pop, reggae, blues, música mineira (principalmente o Clube da Esquina) e música nordestina (Belchior, Lenine, Zé Ramalho e Alceu Valença).
História
Interessado por música desde muito cedo, desenvolveu primeiramente o canto, que sempre foi sua paixão, até mesmo antes do violão. “Na minha infância e adolescência, por influência do meu pai, escutávamos em casa Belchior, Elis Regina, Geraldo Vandré, e minha mãe curtia muito Marisa Monte e Adriana Calcanhotto. Então, as referências sempre foram as melhores”, conta Falcão.
Algumas histórias engraçadas são relembradas com carinho pelo cantor fabricianense, que considera-se autodidata, mas contando sempre com apoio de amigos. “Lembro que quando eu tinha 12 anos fui morar na cidade de Almenara com meu pai. E nessa época tinham acabado de lançar o microsystem de cd e meu pai comprou pra mim. Como era tudo muito caro ainda, porque era lançamento, ele me deu dinheiro para comprar apenas um cd. Mas como eu queria ouvir era a música, usei a grana e comprei três fitas K7. Então no fim das contas eu tinha um som que tocava cd, mas eu não tinha cd pra colocar pra tocar”, relembra o músico.
Outra lembrança divertida do músico revive os tempos em que era jovem e sonhava em ter o seu próprio instrumento musical. “Quando eu era adolescente minha tia que morava no exterior mandou 50 dólares de presente de Natal pra mim. Falei com meu pai que queria comprar uma guitarra com aquele dinheiro. Claro que não era suficiente, então meu pai completou a grana e me deu um violão de presente. Naquela época instrumentos eram muito caros. Meu pai me disse que se eu aprendesse a tocar o violão, depois ele me daria a guitarra. Já toco há anos e até hoje não ganhei a guitarra do meu pai”, brinca o cantor.
Como tudo começou
O artista conta que começou a dedilhar os primeiros acordes por meio das famosas revistas para iniciantes em violão. “Sou da época das revistinhas. Comprava nas bancas e levava para casa para aprender a tocar. Eu tinha uns 16 anos e estava na fase dos aniversários de 15 anos das amigas. A gente tinha mania de fazer serenata para elas e eu acabei virando o tocador oficial da turma. Acho que esse foi meu primeiro contato com o público. As pessoas pediam músicas, diziam que eu mandava bem, era muito gostoso”, conta Falcão.
Mas a carreira profissional mesmo começou em 2004. “Na verdade eu comecei a fazer umas canjas com alguns amigos cantores em bares do Vale do Aço. Foi então que os donos dos estabelecimentos começaram a me convidar para tocar. Daí para frente os convites se multiplicaram e eu acabei me consolidando no mercado regional. Atualmente faço uma média de 15 a 18 apresentações por mês, além dos eventos particulares", finaliza o músico.
