Cidades

Ipatinga detalha projeto do Centro Cirúrgico do Hospital Municipal

De grande valor social, obra deverá ser entregue à população até meados de 2020, prevê a Administração. Município economizou R$ 4,5 milhões para viabilizar a construção.

IPATINGA – O Centro Cirúrgico do Hospital Municipal de Ipatinga, obra aguardada há anos pelos usuários, especialmente aqueles que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), já tem recursos assegurados e deverá ser entregue à população em meados de 2020, conforme prevê a Prefeitura. 

O projeto arquitetônico para a construção, que começou a ser elaborado em março deste ano, já foi concluído e está em fase de aprovação pela Vigilância Sanitária Estadual. Curiosamente, não gerou qualquer custo para a municipalidade. Foi uma doação feita por Lígia Araújo, especialista em arquitetura hospitalar. Esposa de um médico da rede pública de Saúde e com várias obras de grande envergadura na área, ela se sensibilizou com a necessidade do município e realizou o trabalho voluntariamente. Quanto aos projetos elétrico, hidráulico e de gases medicinais, já estão em fase de licitação, o que garante que dentro em breve a execução das obras será iniciada.

“Com o Centro Cirúrgico do município vamos ter uma intervenção assistencial rápida, com menor tempo de permanência em leitos, mais qualidade de vida”, destaca Nardyello

O município já dispõe de R$ 4,5 milhões para a construção. O recurso é proveniente de economias realizadas pela Administração ao longo dos últimos meses especialmente com essa finalidade.

INSTALAÇÕES

Com área total de 518,14 metros quadrados, o Centro Cirúrgico do Hospital Municipal de Ipatinga terá quatro salas, sendo três para cirurgias de médio porte e uma para grandes intervenções. Nada menos que 20 cirurgias eletivas e de urgência poderão ser realizadas diariamente. A prestação de serviços contribuirá para eliminar uma longa fila de espera, que atualmente chega a 1.000 pacientes, representando também segurança, conforto e sobrevida para muitas pessoas em situação de risco.

FILA

Para que se tenha uma ideia, apenas na área de cirurgia geral, que envolve casos de retirada de vesícula, problemas de hérnia, cerca de 550 pacientes aguardam atendimento desde 2016, na cidade. Já na área ginecológica, 265 munícipes esperam atualmente na fila. A espera por cirurgias vasculares penaliza 190 pessoas. 

ALA DE RECUPERAÇÃO

Foi projetada também no Centro Cirúrgico uma ala para recuperação anestésica com seis leitos, entrada separada para pacientes egressos das cirurgias, além de vestiários para funcionários e pessoas atendidas. O Centro Cirúrgico terá, ainda, entre outras instalações, uma rouparia, farmácia satélite, salas de material de esterilização, de coordenação, de estar para funcionários, de marcação de cirurgias, de guarda de equipamentos, copa, utilidades, roupa suja, admissão e espera.

SONHO ANTIGO

“Sabendo da grande necessidade da nossa população, especialmente a mais carente, que não tem como pagar plano de saúde, desde março estamos economizando recursos para oferecer este benefício”, revela o prefeito Nardyello Rocha. “Com o Centro Cirúrgico do município – ele continua – vamos ter uma intervenção assistencial rápida, com menor tempo de permanência em leitos, mais qualidade de vida para os pacientes e ainda por cima economizar gastos significativos com serviços que hoje são terceirizados. É um milagre que, mesmo o governo do Estado nos devendo uma verdadeira fábula de dinheiro, ainda consigamos tornar realidade esse antigo sonho. Somente na área da Saúde, temos a receber do governo de Minas mais de R$ 80 milhões”, destaca.

Conforme a secretária municipal de Saúde, Érica Dias, problemas de má gestão em governos anteriores retardaram, por vários anos, a implantação do Centro Cirúrgico no Hospital Municipal. Desde 2012, embora houvesse recursos para a unidade hospitalar, a obra ficou inviabilizada por falta de pactuação com o Estado, e os valores se perderam.

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