Cidades

GRS debate saúde com prefeitos eleitos

Prefeitos eleitos passaram a manhã de segunda (3) conhecendo a estrutura da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano e as ações


FABRICIANO
– A Superintendência Regional de Saúde (GRS) de Coronel Fabriciano realizou na manhã de segunda (3) encontro com os prefeitos eleitos dos municípios do Colar Metropolitano do Vale do Aço para apresentar a estrutura que o governo estadual oferece aos municípios na área da saúde.

A reunião foi realizada no Hotel Metropolitano, em Coronel Fabriciano, e coordenada por Anchieta Poggiali, gerente da GRS de Fabriciano. Ele apresentou um diagnóstico da saúde regional, que apontou avanços significativos tanto na cobertura pelo Programa Saúde da Família (PSF) como na criação de Unidades de Saúde.

Em paute, as ações prestadas pela GRS dentro da Atenção Primária através de programas como assistência farmacêutica, vigilância epidemiológica, saúde mental, PSF, protocolo de Manchester, entre outros assuntos.

DIAGNÓSTICO
“Houve uma melhora considerável, levando-se em conta que tínhamos uma cobertura da ordem de 40% do PSF, que agora aumentou para 72% de cobertura. Ainda comparando, tínhamos uma média de 100 unidades de saúde que aumentaram para 161, ou seja, um acréscimo de mais de 50%. Estamos com a rede de farmácia instalada em 80% dos municípios, isso mostra uma situação de melhorias”, destacou.

Quanto à questão hospitalar regional, a situação ainda inspira cuidados. Apesar de o Hospital São Camilo, em Coronel Fabricano, ter sido reaberto, o governo estadual tem outros projetos para melhorar a assistência em municípios como Inhapim, Belo Oriente e Caratinga.

“Temos ainda muita coisa a ser trabalhada. O São Camilo é uma realidade, mas precisamos ampliá-lo, por isso já está autorizada a construção de mais 70 leitos. A unidade então passará a contar com 120 leitos. Em Timóteo, no Hospital Vital Brazil, investimos na construção de uma unidade neonatal voltada para obstetrícia de alto risco”, emendou.

Poggiali ponderou ainda que no hospital de Caratinga também vão ser ofertados novos procedimentos e atendimento neonatal. “Estaremos revitalizando o Hospital de Inhapim e também o Hospital de Belo Oriente. Mas precisamos fortalecer a atenção primária de maneira que o município resolva suas demandas sem encaminhar pacientes sem necessidades para os hospitais”, salientou.

O diagnóstico feito pela GRS relevou ainda que 25% das internações poderiam ser resolvidas nas unidades de saúde. “Tendo a atenção primária bem feita, não precisaremos hospitalizar as pessoas na mesma quantidade que temos feito”, afirmou.

SUPORTE
A responsável pelo Núcleo de Atenção Primária a Saúde, Caroline Spinola, alertou os prefeitos que em 18 de fevereiro o governo federal vai abrir edital para que os municípios solicitem verbas para a construção de unidades de saúde. O montante reservado para cada projeto pode chegar a R$ 900 mil.

“Pedimos que ao chegar os gestores avaliem os terrenos disponíveis para a construção dessas unidades. Tem que ser área de fácil acesso e no local em que o usuário vai poder chegar mesmo convalescido. Cansamos de ver verdadeiros elefantes brancos, que são aquelas unidades feitas em morros. A proposta de contemplação tem que ser enviada em tempo hábil”, lembrou.

CAPACITAÇÃO
Além de repassar aos futuros prefeitos eleitos as principais informações sobre a área da saúde, o encontro teve um momento dedicado aos secretários municipais que vão assumir a partir de janeiro.

Rubens Castro, secretário municipal de saúde de Coronel Fabriciano e presidente do COSEMS (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), falou sobre a importância do órgão deliberativo junto ao governo estadual. “Temos que fortalecer o conselho porque sabemos que a saúde hoje é bancada pelos municípios, que fazem mais do que a obrigação. O limite legal para ser investido é 15%. Mas a maioria de nós empenha pelo menos 23% dos recursos com a saúde”, observou.

A equipe da Superintendência Regional ofereceu sua estrutura para ajudar os prefeitos eleitos a planejarem as ações em saúde para os próximos quatro anos. “Tanto que os futuros gestores têm várias capacitações agendadas para o início de fevereiro. Precisamos cobrar dos demais entes da federação”, acrescentou o secretário.

O gestor lembrou que a regulamentação da Emenda Constitucional 29 neste ano vai reforçar a necessidade de financiamento do governo federal nas questões de saúde. Tanto que várias políticas vêm sendo lançadas, como a Rede Cegonha, voltada para diminuir a mortalidade neonatal.

AVANÇOS
A prefeita eleita de Coronel Fabriciano, Rosangela Mendes (PT), passou toda a manhã no encontro realizado pela GRS. Ela destacou que o seu município tem feito os investimentos necessários na atenção primária, o que a deixa tranquila ao assumir em janeiro.

“Percebemos que Fabriciano mais uma vez saiu na frente e tem uma cobertura superior ao que foi mostrado de outros municípios. Temos consciência de que o desafio na área da saúde é grande e precisamos melhorar. Mas a estrutura que temos nos deixa tranquilos para assumir sem maiores demandas emergenciais”, declarou.

O prefeito eleito de Timóteo Keisson Drumond (PT) também esteve no encontro, assim como Zizinho Duarte (PT) de Santana do Paraíso, Pietro Chaves (PDT) de Belo Oriente, Pedro Euzébio (PT) de Dom Cavati, Marquinhos do Odilon (PDT) de Ipaba, entre outros.

SAMU regional é ação prioritária
Fabriciano
– Os vários encontros de mediação sanitária feitos pelo Ministério Público revelaram a necessidade de estruturação de uma rede de urgência e emergência na região do Vale do Aço. Essa vai ser uma das primeiras ações a serem executadas com vistas a reestruturar o sistema hospitalar regional.

O diretor da GRS, Anchieta Poggiali, explicou que uma das ações vai ser a criação do SAMU regional, que vai englobar a região macro-leste – composta de 85 municípios. As unidades municipais do SAMU de Ipatinga e Governador Valadares serão integradas, a exemplo do que já acontece no Sul e Norte de Minas e na região metropolitana de Belo Horizonte.

“O SAMU será macrorregional, com aporte de recursos dos governos federal e estadual. A manutenção do serviço vai ser feita através de um consórcio que será criado com os 85 municípios”, contou.
Haverá ambulâncias em pontos estratégicos para atender aos casos de acidente. A primeira ação concreta será a gestão junto aos prefeitos em fevereiro de 2013, para a criação do consórcio.

“A parte de instalação do consórcio depende de gestão junto aos prefeitos eleitos, por isso temos que aguardar janeiro. Vai ter recesso nas Câmaras Municipais e o município só pode participar com autorização do Legislativo. A nossa vontade é que nos próximos 6 meses com muito trabalho consigamos no segundo semestre implantar a rede de urgência e emergência”, falou.

O promotor Walter Freitas também esteve ao encontro e destacou a importância da integração entre união, estado e município para a estruturação da rede, observando a vocação de cada unidade hospitalar da região. “A mediação é um dos instrumentos de que o Ministério Público dispõe para acompanhar as questões referentes à saúde, dentro da nossa missão constitucional que é a defesa do interesse da coletividade. É fundamental que os hospitais sejam identificados dentro da sua real vocação, aquela de acordo com a complexidade do atendimento. O SAMU também tem o papel fundamental que é o de promover o deslocamento dos pacientes para os hospitais segundo a necessidade”, pontuou.

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