Cultura

Forró pode se tornar Patrimônio Cultural

Apresentação de forró na 8ª Bienal de Arte e Cultura da UNE, em Olinda, Pernambuco
(Crédito: HelenaN/Creative Commons)


PERNAMBUCO
– O Ministério da Cultura (MinC) apoiará a União Nacional dos Estudantes (UNE) para que o forró seja considerado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. “Vamos junto com vocês (estudantes) ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional levar adiante o projeto”, disse nesta quinta (24) a secretária executiva da pasta, Jeanine Pires, durante a 8ª Bienal de Arte e Cultura da UNE.

“Fiquei muito feliz quando o frevo, esse ritmo maravilhoso entrou, nesse rol das preciosidades que temos. O forró, com toda a sua raiz e significância, tem chance de se tornar patrimônio e representar o país no mundo”, disse Jeanine. A secretária convidou os estudantes a participarem ativamente da divulgação da cultura brasileira nos grandes eventos que o país sediará: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Jeanine disse que o ministério tem como uma das prioridades a juventude e que a cultura nas universidades deve receber incentivos do MinC.

O presidente da UNE, Daniel Iliescu, disse que quando as atividades da bienal se encerrarem, a entidade se reunirá com o Iphan para encaminhar o pedido e vai acompanhar os trâmites junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O forró é o principal ritmo nativo do sertão nordestino. Popular em todo o Brasil, sua disseminação se deu por meio da imigração dos nordestinos para outras regiões do país. Como patrimônio imaterial da humanidade, o forró será protegido a fim de que permaneça vivo para as gerações futuras. O título é concedido pela Unesco. A lista de patrimônios culturais imateriais reúne, atualmente, 232 elementos de 86 países.

A 8ª Bienal de Arte e Cultura da UNE é considerada o maior evento estudantil da América Latina, reunindo milhares de pessoas em Olinda. O evento ocorre até sábado (26) e une política estudantil e cultura em mostras de teatro, música e cinema, seminários de esportes, além de apresentações de trabalhos acadêmicos e de extensão. O tema desta edição é A Volta da Asa Branca, uma Homenagem ao Sanfoneiro Luiz Gonzaga, cujo centenário foi comemorado em 2012. As atividades são gratuitas e abertas à comunidade. A programação completa pode ser consultada no site da bienal.

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