Cidades

Filiados do PCB comemoram 90 anos de criação do partido

Os filiados do PCB de Ipatinga reorganizaram o partido no ano de 2009   (Crédito: Nadieli Sathler)

 

IPATINGA – O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi fundado em 1922: é o mais antigo do País. A legenda comemorou no último domingo (25) seus 90 anos de existência. Em Ipatinga, os militantes aproveitaram a data para lembrar as raízes filosóficas da sigla.
De acordo com o secretário de organização do PCB, Rair Anício, a legenda é hoje no município o único partido de esquerda, anti-capitalista e anti-imperialista. “Além de ser totalmente independente e não estar aliado a nenhuma força política e nem empresarial”, dizem seus organizadores.
“Somos um partido sério de luta. Para nós, esses 90 anos são motivo de muita força e alegria porque o partido foi muito perseguido na época da ditadura. Chegou a ter presos políticos e alguns foram torturados e mortos. Tivemos algumas atividades em comemoração desses 90 anos no Rio de Janeiro, onde é a sede do partido, e nosso pré-candidato Daniel Cristiano foi nos representar”, disse Rair Anício.
O partido foi reorganizado no município no ano de 2009 e ganhou nova direção. Fazem parte da comissão provisório de Ipatinga Daniel Cristiano como secretário político, Saulo de Tarso (Pamonha) como secretário de formação, Jeferson de Matos (Jefão) como secretário de propaganda e Geraldo Fumaça, secretário de Finanças.
“Queremos mostrar que o PCB conta com pessoas íntegras que militam na política, mas não vivem dela. E não somos bancados por ficha suja. Somos ficha limpa. Sei que na eleição muitos candidatos que são ficha limpa serão bancados pelos ficha suja. Mas com o nosso partido isso não vai acontecer. Queremos nos colocar à disposição porque temos uma forma ética, coerente e seguimos a ideologia dos comunistas, baseado nas teorias marxistas”, justificou.

VERSOS
Os organizadores, por fim, citam as palavras do poeta e escritor Ferreira Gullar sobre o partido: “Eles eram poucos e nem puderam cantar muito alto a Internacional. Naquela casa de Niterói, em 1922. Mas cantaram e fundara o Partido. Eles eram apenas nove. O jornalista Astrojildo, o contador Cristiano, o vassoureiro Luiz Peres, os alfaiates Cendon e Barbosa, o ferreiro Hermogênio e ainda o barbeiro Nequete. Que citava Lênin a três por dois. Em todo o país. Eles não eram mais de setenta. Sabiam pouco de Marxismo. Mas tinham sede de justiça, e estavam dispostos a lutar por ele. Faz algum tempo que isto aconteceu. O PCB não se torno o maior partido do ocidente. Nem mesmo do Brasil, mas quem contar a história de nosso povo, de seus heróis, tem que falar dele. Ou mentindo está”.

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