IPATINGA – Empresários da região estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira, 16, na FIEMG Regional Vale do Aço para dialogar sobre as possibilidades e estratégias das indústrias diante do contexto da crise hídrica instalada no Brasil. Para explorar o tema, foram convidados o gerente de Meio Ambiente da FIEMG, Wagner Costa, e o analista ambiental Adriano Scarpa.
O presidente da FIEMG Regional Vale do Aço, Luciano Araújo, ressaltou que esta situação é extremamente importante, pois pode inviabilizar algumas atividades econômicas. “Nossa intenção hoje foi debater com os empresários sobre esta crise, que tem maior destaque em São Paulo, mas está praticamente no país inteiro, inclusive, em nossa região. Temos que nos alertar e nos preparar para ver como vamos adaptar o nosso negócio para o uso racional da água, de forma que tenhamos uma região competitiva e isso não se torne um problema para o desenvolvimento industrial do Vale do Aço, uma vez que com a falta de água, algumas atividades serão inviabilizadas”, afirmou.
PACTO
Durante sua palestra, Wagner Costa explanou sobre o cenário hídrico atual, comparando-o com os anos anteriores, e apresentou o “Pacto de Minas pelas Águas” , uma campanha promovida pelo Sistema FIEMG, juntamente com as indústrias e entidades representativas do setor produtivo mineiro, para tentar evitar o agravamento da crise hídrica no Estado.
Wagner acrescentou ainda que a crise hídrica é institucional por falta de gestão. “A água nunca entrou no planejamento estratégico nem do governo, nem das empresas. Mesmo com a diminuição pluvial faltou uma gestão de recursos hídricos. Precisamos de prioridades em investimentos em infraestrutura hídrica e do fortalecimento do órgão gestor urgente”, afirmou.
REUSO
Outro ponto importante do evento foi a apresentação do analista ambiental Adriano Scarpa, que abordou os principais usos da água nas indústrias, sua otimização, fatores importantes sobre reuso e casos de sucesso. Em relação ao reuso da água, Adriano orientou que este deve ser feito com cautela. “A água deve ser reutilizada em vasos sanitários, irrigação paisagística, limpeza de pátios, assentamento de poeiras e refrigeração de equipamentos, dentre outros. Já para irrigação de hortas, lava rápidos e piscinas, a água não deve ser utilizada”, citou.
