Cidades

Fabriciano em alerta contra dengue; em Timóteo, situação é grave

FABRICIANO – A Prefeitura de Coronel Fabriciano divulgou ontem (14), o resultado do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Liraa), realizado entre os dias 8 e 10 de janeiro. O novo índice foi de 2,6% e apontou um crescimento considerável, comparado ao último Liraa, realizado em outubro do ano passado, que foi de 1,7%. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, quando o Liraa está em 1% é satisfatório; entre 1 e 3,9% é de alerta; e acima de 3,9% alto risco.

Os principais pontos de foco de dengue diagnosticados durante o levantamento foram bebedouros de animais, tambor com água e lixo. “Mais uma vez, 100% dos focos positivos foram encontrados nas residências, o que demonstra que a população precisa colaborar, ainda mais, com o trabalho preventivo em suas casas”, alerta a coordenadora de Endemias da Prefeitura, Amanda Fernandes.

PRINCIPAIS FOCOS

Os bairros que apresentaram maior quantidade de focos de dengue foram Pedreira, Centro, Manoel Domingos, Melo Viana, Alipinho, Sílvio Pereira I e Córrego Alto. “Agora, nossa equipe retornará aos imóveis onde foram encontrados os focos positivos para verificar se eles foram eliminados e se os moradores seguiram as orientações dos agentes. Em seguida, vamos priorizar o tratamento focal nos bairros que apresentaram maior índice de focos de dengue”, explica Amanda Fernandes.

A coordenadora ainda ressalta a importância de cada cidadão vistoriar a própria casa. “Pedimos a todos para manter o quintal limpo, não jogar lixo em lotes vagos e córregos e, ainda, verificar, pelo menos duas vezes por semana, se a calha, os vasos de plantas e os bebedouros de animais estão acumulando água”, enfatiza Amanda Fernandes.

AÇÕES PERMANENTES

Como forma de prevenir a doença, Fabriciano realiza diversas ações ao longo do ano: visita dos agentes de Endemias às residências, com orientação e eliminação dos focos de dengue; distribuição de telas para tampar caixas d’água; campanhas educativas e recebimento de pneus velhos no Ecoponto. Sugestões, dúvidas e denúncias de locais que possam ser focos de dengue podem ser encaminhadas pelo telefone 0800 285 7790, de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h.

ORIENTAÇÃO

As pessoas que apresentam sintomas da dengue – febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos – devem procurar a Unidade de Saúde mais próxima de casa. Nestes locais, elas receberão atendimento adequado.

Em Timóteo, situação é grave

Índice coloca município em estado de alerta e leva Prefeitura a reforçar campanha de combate ao Aedes aegypti

TIMÓTEO – A Prefeitura Municipal concluiu na semana passada o primeiro Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2014. Realizada no período de 6 a 8 de janeiro, a pesquisa apurou um índice de 3,7% de infestação dos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O Ministério da Saúde considera aceitável o índice de até 1%. Isso significa que a situação no município é de alerta.

A pesquisa feita pela Prefeitura de Timóteo abrangeu cerca de 1.178 imóveis, e foi executada em quarteirões e residências escolhidas de forma aleatória em todos os bairros. O resultado foi divulgado na terça-feira (14) pela Divisão de Vigilância em Saúde. No ano passado no mesmo período, a pesquisa apontou índice de infestação predial de 3%. Durante todo o ano foram notificados 5.037 casos da doença.

Focos

O primeiro levantamento sobre a infestação do mosquito da dengue em Timóteo constatou também 58 focos em residências. Conforme os agentes de controle de endemias, os bairros com maiores números de focos do Aedes aegypti são Serenata, Macuco e Alphaville. “A luta contra a dengue tem que ser permanente, mas é preciso que cada morador faça a sua parte, pois a grande maioria dos focos do mosquito está dentro das residências”, alerta o secretário de Saúde de Timóteo, Ricardo Araújo.

TRABALHO INTEGRADO

Esse levantamento tem como objetivo identificar possibilidades de controle para evitar uma nova epidemia de dengue, a partir dos resultados da análise. Além de detectar a presença do mosquito transmissor da dengue, o trabalho permite apontar quais serão as próximas ações e os locais que serão priorizados. “A população precisa trabalhar de maneira mais efetiva junto com o poder público”, conclama o secretário de Saúde.

Após a conclusão da pesquisa, o trabalho continua, com visita de agentes de saúde e de controle para orientações, tratamento dos depósitos, vedação de caixas d’água e outras atividades necessárias. Os proprietários de imóveis que apresentarem focos do mosquito serão notificados por escrito e poderão até mesmo ser multados.

EPIDEMIA
Embora a ocorrência da dengue tenha aumentado em todo o País, Minas Gerais é o Estado com o maior número de casos confirmados no ano: 344.366, de janeiro até meados de dezembro, quantidade superior ao somatório dos últimos cinco anos. Os maiores números de casos estão concentrados nas regiões Central, do Triângulo e Vale do Aço.

Para evitar que o município sofra uma nova epidemia, como a do fim de 2012, a Secretaria Municipal de Saúde está preparando uma nova ofensiva contra o mosquito transmissor da dengue. Ainda assim, a expectativa é que em 2014 tenha uma alta incidência da doença, já que boa parte da população ainda é suscetível à infecção pelo vírus do tipo DEN-4, que voltou a circular no Estado.

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com