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Explosão no Líbano vira estopim de revolta popular

Milhares de pessoas protestam neste sábado (8) na região central de Beirute, no Líbano, após a explosão em uma zona portuária da cidade. Durante as manifestações, que ocorrem que Praça dos Mártires, houve tentativa de invasão do Parlamento e confronto com o Exército, deixando mais de 100 feridos. No final da tarde, os manifestantes conseguiram tomar o Ministério da Economia e o Ministério das Relações Exteriores.

O dia de protestos, está sendo chamado de “Dia da Ira” e Dia do Julgamento”, tem vários níveis de tensão. Em alguns locais os manifestantes estão marchando e gritando palavras de ordem e, em outros, pessoas de todas as idades estão nas ruas, inclusive crianças e idosos.

O Ministério da Saúde do Líbano revisou para 154 o número de mortos na explosão que devastou o porto de Beirute na última terça-feira (4). O balanço divulgado na sexta (7) falava em 157 vítimas.

Ainda de acordo com o governo, 60 pessoas continuam desaparecidas, e outras 5 mil ficaram feridas, sendo 120 em estado grave. Dos 154 mortos, pelo menos 43 eram sírios, de acordo com a Embaixada de Damasco em Beirute.

“Estamos encontrando fragmentos de corpos, mas ainda esperamos achar sobreviventes”, disse o general Jean Nohra, responsável pelas operações de socorro no Exército do Líbano.

A principal suspeita é de que a explosão tenha sido provocada pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que haviam sido apreendidas pelo país seis anos antes. No entanto, o presidente Michel Aoun não descartou a hipótese de uma “ação externa”, como “mísseis ou bombas”.

DOAÇÕES

A comunidade internacional fará neste domingo (9) uma conferência para arrecadar doações para o Líbano, que antes da explosão já enfrentava uma grave crise econômica.

Os presidentes da França, Emmanuel Macron, e dos Estados Unidos, Donald Trump, já confirmaram presença – o mandatário francês foi o primeiro líder internacional a visitar Beirute após a tragédia e disse querer “coordenar” a ajuda estrangeira para o país.

Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, desembarcou na capital libanesa neste sábado (8)

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