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Ex-assessor de Trump, Bannon declara apoio formal a Bolsonaro

NOVA YORK (Reuters) – Steve Bannon, ex-conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca e polemista conservador, declarou nesta sexta-feira seu apoio ao candidato presidencial brasileiro Jair Bolsonaro (PSL), torcendo para que ele vença o segundo turno da eleição no domingo e contribua para uma onda populista global.

“O capitão Bolsonaro é um brasileiro patriota e, acredito, um grande líder para seu país nesse momento histórico”, disse Bannon em mensagem enviada à Reuters.

A equipe de Bolsonaro cortejou o endosso de Bannon, e em agosto seu filho Eduardo tuitou a respeito de uma visita que fez a ele em Nova York.

“Conversamos e concluímos ter a mesma visão de mundo”, escreveu Eduardo Bolsonaro, deputado mais votado do Brasil, acima de uma foto em que aparece sorrindo ao lado do norte-americano. Ele disse que os dois planejam “somar forças, principalmente contra o marxismo cultural”.

Pesquisas de intenção de voto apontam para a vitória de Bolsonaro sobre seu rival de esquerda, Fernando Haddad (PT), no domingo. O parlamentar de discurso duro foi bem-sucedido em se apresentar como aquele que saneará o establishment político corrupto e reprimirá o crime.

FENÔMENO GLOBAL

“O movimento populista é um fenômeno global”, disse Bannon à Reuters em uma entrevista nesta semana. “A tendência definitivamente está a nosso favor, e é por isso que acho que Bolsonaro terá uma grande vitória.”

Depois que deixou a Casa Branca, Bannon vem emprestando sua influência a políticos de extrema-direita da Europa e de outras partes na tentativa de abalar a ordem global. Mas ele disse que não está trabalhando para a campanha de Bolsonaro.

Bannon, estrategista-chefe da campanha de Trump em 2016, disse ver semelhanças entre as forças políticas e econômicas que elevaram Bolsonaro e que levaram seu ex-chefe ao poder.

“Ele é uma figura como Trump”, disse Bannon a respeito de Bolsonaro, que apareceu na pesquisa Datafolha divulgado na quinta-feira com 56 por cento dos votos válidos, enquanto Haddad apareceu com 44 por cento.

Foi a crise financeira de 2008 que “acendeu o pavio que explodiu com a candidatura de Donald Trump e sua Presidência”, disse Bannon na entrevista concedida no início desta semana. “O Brasil está passando por este tipo de crise agora.”

 

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