Cidades

Escolas estaduais farão greve sanitária contra retorno às aulas

Medida foi adotada após decisão do governo estadual de determinar volta às aulas presenciais mesmo na Onda Vermelha

IPATINGA – O Conselho Geral do Sind-UTE realizou nesta quarta-feira (7) a reunião que aprovou a greve sanitária por tempo determinado pelos trabalhadores/as da rede estadual de Educação. A paralisação vai se estender do dia 12 ao dia 17.

Conforme Isaura Carvalho, diretora da Subsede do SindUTE em Ipatinga, “a greve sanitária, também conhecida como greve ambiental, é o movimento deflagrado em função de uma emergência que coloca em risco a segurança e a vida dos trabalhadores, como é o caso da pandemia da COVID-19. Ou seja, o nosso ambiente ‘laboral’  – as escolas -, pode acarretar risco à segurança e à vida de trabalhadores/as”.

Isaura Carvalho é dirigente do SindUTE, Subsede de Ipatinga

ZONAS DE RISCO

De acordo com a dirigente sindical, o governo do Estado, as Secretárias da Saúde e de Educação estão conscientes dos riscos, e, na medida que não conseguiram um eficiente controle da pandemia do estado, autorizam o retorno das atividades presenciais, mesmo nas regiões em situação crítica de segurança, identificadas pela classificação de Onda Vermelha do programa Minas Consciente, submetendo a comunidade escolar aos riscos da contaminação.

“Embora o governo insista em afirmar que as escolas estão preparadas e seguras, ainda não é possível verificar e atestar esta segurança nas escolas estaduais”, sustenta Isaura. Ela aponta que além do cenário epidemiológico, em que uma parcela muito pequena da população se encontra imunizada –  embora tenha trazido um alento com relação ao número de vidas perdidas -, ainda demonstra alto índice de contaminação e ocupação de leitos”.

ENCAMINHAMENTOS

Entre outros encaminhamentos o Conselho decidiu pela como mobilização contra a PEC32, que promove a reforma administrativa, altera dispositivos sobre servidores e empregados públicos e modifica a organização da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, entre as quais a estabilidade no serviço público.

O conselho Geral decidiu ainda pela participação nos Atos de 24J #forabolsonaro, a realização da greve sanitária no período de 12 e 17 de julho, da próxima semana, quando os trabalhadores/as permanecerão em atendimento remoto aos estudantes e uma nova reunião do conselho ocorrerá no dia 28 de julho, para avaliação e novos encaminhamentos.

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