Policia

Empresário detido com arsenal tem prisão revogada

Arsenal de armas e munições foi encontrado em loja do empresário (detalhe)


IPATINGA
– Foi revogada nesta segunda-feira (23) a prisão do empresário Francisco Miranda Rezende Filho, detido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em junho deste ano durante as investigações da morte do jornalista Rodrigo Neto. Entre os presos durante a força-tarefa da Polícia Civil de Belo Horizonte na região, o homem é o primeiro a ser solto.

Francisco recebeu o benefício após audiência realizada pelo 2ª Vara Criminal da comarca de Ipatinga. Segundo informações da Polícia Civil, indícios levantados durante as investigações deram conta de que a arma utilizada para matar o repórter estaria em uma loja no bairro Veneza, que seria de Francisco. De posse de um mandado de busca e apreensão, os investigadores se deslocaram até o estabelecimento e então encontraram um grande arsenal de armas.

No comércio, foram achadas várias armas de fogo, sendo apreendidas uma submetralhadora 9 milímetros, pistolas, espingardas, munições de fuzil, silenciadores, munição calibre 50 – utilizada em baterias anti-aéreas pelas Forças Armadas –, munições de diversos calibres e mais de 280 munições calibre 380.

O empresário foi autuado em flagrante e recebeu voz de prisão por posse ilegal de arma de fogo e munições de uso restrito, sendo encaminhado ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Ipatinga, onde permaneceu até ontem.

Francisco teve sua prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário de Ipatinga e ficou mais de três meses na cadeia. Em julho, teve um pedido de habeas corpus negado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Ao negar a liberdade para Francisco, o desembargador Antônio Carlos Cruvinel, relator do julgamento, afirmou que, solto, o empresário não tinha condições de garantir que não voltaria a cometer crimes. Ainda segundo a decisão do colegiado, embora Francisco fosse tecnicamente primário, já havia respondido a inúmeros processos.

“Além do mais, a decisão encontra-se devidamente fundamentada (..), ressaltando-se que a prisão (…) é fruto de investigações a respeito de uma série de homicídios praticados na região do Vale do Aço, que culminaram com mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de inúmeras armas de fogo, bem como acessórios”, dizia o trecho do acórdão que manteve Francisco na cadeia.

Com a revogação da prisão, o empresário poderá aguardar o andamento do processo em liberdade. Contudo, não há data para que Francisco seja julgado pelos crimes pelos quais foi indiciado. Se condenado, o réu poderá pegar de um a sete anos de prisão além de pagar multa.

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